Em 2021, um casal de aposentados com mais de 80 anos da França encontrou uma máscara africana em casa de veraneio deles na cidade de Alès.
No começo do século 20, o imóvel era de um dirigente de governo francês que trabalhava em colônias do país na África. A máscara estava dentro de um armário da residência.
O casal pediu para um comerciante para comprar a máscara. Ele pagou 130 euros (cerca de R$ 750, na cotação atual).
Seis meses depois, o casal viu a peça à venda em um catálogo de uma casa de leilões da cidade de Montpellier. O preço inicial era de 300 mil euros (R$ 1,5 milhão). No leilão, a peça foi vendida por 4,2 milhões de euros (R$ 22 milhões), de acordo com a rede BBC.
O casal processou o homem que pagou R$ 750 na peça. Na terça-feira (31), aconteceu a primeira audiência do processo.
A máscara mais rara que um quadro de Leonardo da Vinci
O proprietário antigo da casa de Alès era René-Victor Fournier. O catálogo do leilão em que a máscara foi vendida afirma que ele obteve a máscara por volta de 1917 em circunstâncias desconhecidas.
Segundo uma reportagem da RFI, Fournier trabalhou em Dakar e no Congo. A máscara teria sido comprada em uma viagem ao Gabão.
A peça foi feita por pessoas do povo fang, tem cerca de 55 centímetros de altura, é feita de madeira, e representa a figura humana. Estima-se que a obra seja do século 19.
De acordo com o leiloeiro, a máscara era de um grupo de vigilantes que se incumbia de afastar problemas, como pessoas que praticavam feitiçaria.
De acordo com a BBC, um especialista disse à mídia francesa que existem apenas cerca de dez máscaras como essa feitas por mestres do povo fang, e que a peça seria mais rara do que uma pintura de Leonardo da Vinci.
G1