Na operação de hoje um dos alvos da Polícia Federal (PF) foi o prefeito de Água Preta, Noé Magalhães (PSB). Ele foi preso em casa, na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O político já tinha aí alvo de uma operação realizada pela PF em maio deste ano.
A prisão de Noé aconteceu durante a segunda fase da Operação Dilúvio. A PF investiga fraude em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro. Além de prender o prefeito, a PF cumpriu mais sete mandados de busca e apreensão.
Muito ligado ao PSB e líder político de sua região, o prefeito foi preso, em sua residência, num prédio de luxo na orla do Recife. Pelo menos três viaturas da Polícia Federal ainda estão no local.
De acordo com a PF, o que levantou suspeita contra a gestão de Água Preta foi a contratação, de forma emergencial, de uma prestadora de serviços de manutenção corretiva e preventiva de veículos da frota do município.
Segundo a polícia, a empresa contratada custeou despesas como passagens aéreas internacionais em classe executiva para o prefeito e sua esposa.
PERFIL
Nascido em Palmares, também na Mata Sul do Estado,Noelino Magalhães Oliveira Lyra, de 44 anos, foi eleito prefeito de Água Preta nas eleições de 2020 com 41,36% dos votos válidos, um total de 6.941 votos. A diferença para o segundo colocado, Antonio Marcos de Melo Fragoso Lima, o Tonhão (PROS), foi de apenas 75 votos.
Antes de assumir a prefeitura de Água Preta em 2021, Noé foi vice-prefeito da cidade de Xexéu, outra cidade localizada na Mata Sul, por dois mandatos. Ele também foi vereador de Palmares por dois mandatos, nos períodos entre 2004 e 2007 e 20012 e 2015.
O gestor também declarou diversas contas bancárias e aplicações, além de um quadriciclo de R$ 65 mil. Noé afirmou ainda ao TSE que tem 100% do capital social de uma empresa com capital social de R$ 300 mil.
Por Ricardo Antunes