Uma cena não recomendada até pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mas que tem sido cada vez mais frequente: crianças menores de 2 anos com acesso a telas. O vídeo de um bebê estático assistindo TV e depois, quando o aparelho é desligado, brincando e interagindo com o ambiente, choca e mostra exatamente o efeito que TVs, celulares, e outros gadgets exercem sobre as crianças, principalmente nos primeiros 1.000 dias da vida delas.
Marcia Machado, professora associada do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) e pós-doutora pela Harvard Chan School of Public Health, frisa que a exposição de bebês às telas pode causar atrasos na sociabilização — que é um dos marcos do desenvolvimento —, além de prejudicar a cognição e a linguagem.