terça-feira, 27 de junho de 2023

Oposição volta a lamentar situação financeira do Governo do Ceará e critica empréstimos

Sargento Reginauro levou o tema à tribuna da Assembleia Legislativa. 
Foto: ALCE
Um tema que vez ou outra é levado à tribuna do Plenário 13 de Maio pela oposição diz respeito a situação financeira do Governo do Estado do Ceará. O assunto voltou a ser destacado, nesta terça-feira (27), pela bancada oposicionista, que demonstrou preocupação com o endividamento do Poder Executivo Estadual.

Sargento Reginauro (UB), em seu pronunciamento, criticou os empréstimos solicitados pelo Governo do Estado neste ano e recebeu apoio de outros colegas oposicionistas, como os pedetistas que não fazem parte da base aliada de Elmano de Freitas. O parlamentar lembrou que um novo pedido de empréstimo deve ser encaminhado para a Casa, segundo ele o maior da história.

“Será o maior empréstimo da história do estado do Ceará, no valor de R$ 2,6 bilhões. Isso sem contar o empréstimo de R$ 900 milhões que aprovamos no começo do ano, e outro no valor de € 544 milhões, solicitados pelo Governo Izolda Cela em dezembro do ano passado, e também aprovado por esta Casa”, reclamou.

Na avaliação dele, esses empréstimos teriam como objetivo final pagar compromissos de campanha e juros de empréstimos anteriores. Segundo disse, o valor destinado para o pagamento de dívidas em 2023 é 40% maior do que o valor previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) para investimentos, enquanto o valor para investimentos decresceu em relação ao estipulado pela LOA do ano passado. Servidores

“Como falar em desenvolvimento diante de um quadro desse? O parcelamento do aumento salarial dos servidores programado pelo  Governo do Estado foi um alerta da situação financeira do Estado”. Segundo disse, faltará dinheiro para o pagamento dos salários dos servidores estaduais.

Em consonância com o opositor, o deputado Antônio Henrique (PDT) lamentou a realização de empréstimos, que segundo ele, não tem como objetivo o investimento, mas pagamento de dívidas. Carmelo Neto (PL) apontou que essas operações de créditos são solicitadas para pagamento de outras dívidas passadas, “empurrando a conta para as próximas gerações”.
Blog do Edison Silva

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