Prefeitura considerou que médico fez "atendimento humanizado; mãe de criança que recebeu receita de "sorvete e free fire" reclama de consulta negligente
Um médico de Osasco (SP), demitido após receitar sorvete e jogo para uma criança com sintomas gripais, foi recontratado pela prefeitura. As informações são do portal G1.
O caso aconteceu na última terça-feira, 30, em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. O garoto, de 9 anos, apresentou tosse forte e chegou a vomitar, e com isso a mãe decidiu levar a criança à emergência.
Na consulta, porém, segundo ela, o médico Marcos Wesley Silva sequer examinou o menino. Ele teria apenas perguntado o que a criança estava sentindo e questionado se ele preferia sorvete de morango ou chocolate.
Com a resposta do garoto, ele prescreveu vários medicamentos: um antibiótico, uma série de antiinflamatórios e, ao fim da receita, adicionou "sorvete de chocolate 2x/dia + Free Fire diário". Free Fire é um jogo para celulares no estilo chamado "Battle Royale", em que os participantes se enfrentam com armas de fogo até que reste apenas um sobrevivente.
A mãe afirma ainda que o profissional não explicou sobre os medicamentos prescritos. Ela diz que, após mostrar a receita a um parente, sentiu que o médico debochou dela e do filho.
A família buscou a imprensa para denunciar o caso, resultando na demissão do profissional e investigação do Conselho Regional de Medicina. A Prefeitura de Osasco, porém, voltou atrás na decisão.
Ao G1, a administração pública afirmou que reavaliou a conduta do médico. A Prefeitura teria considerado a prescrição de sorvete e jogo como um atendimento "humanizado".