segunda-feira, 5 de junho de 2023

Janja não se engaja em campanha para Lula indicar mulher ao STF

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, não se engajou abertamente, até agora no debate sobre a indicação de uma mulher para substituir a ministra Rosa Weber no Supremo Tribuna Federal (STF). Ao contrário do que faz em outras áreas, ela não está opinando sobre o assunto com integrantes do governo.

De acordo com ministros e interlocutores de Lula (PT), a primeira-dama teria compreendido que a escolha de um magistrado para a Corte é questão complexa, que deve ser decidida exclusivamente pelo presidente e levando em conta diversos outros aspectos, e não apenas a questões de gênero.

Janja, segundo esses auxiliares, tem sido “respeitosa” diante da delicadeza do assunto. Pode até dar opiniões diretas a Lula, mas não quando os dois estão com outras pessoas do governo.

Além disso, a primeira-dama, que costuma opinar sobre diversas áreas do governo, não é especialista em temas jurídicos, e essa seria uma das razões que a levariam a ser mais contida no assunto. Janja não estaria interferindo nas escolhas ao STF —e de nenhum outro tribunal do país.

A expectativa, no entanto, é a de que ela passe a sofrer pressão de movimentos que consideram fundamental que Lula indique uma mulher para substituir Rosa Weber.

Questionada por meio de sua assessoria sobre a possibilidade de se engajar na campanha pela indicação de uma mulher ao STF, Janja não respondeu.

Na semana passada, a coluna revelou que as chances de Lula atender à demanda por uma escolha feminina é reduzida.

O presidente levaria a questão em conta —mas não teria proximidade suficiente com nenhuma mulher da área jurídica em quem pudesse confiar plenamente para fazer a indicação.

Mônica Bergamo/Folhapress

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