O município de Barroquinha, no Litoral Oeste, foi a que mais registrou chuvas durante a quadra chuvosa de 2023, que corresponde aos meses de fevereiro a maio. De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o observado durante os quatro meses foi 1.511,5 milímetros. O esperado para a cidade é 1.084,9 milímetros. Um desvio positivo de 39,3 milímetros.
Em seguida aparece Tururu, na Região Norte, com 1.449,7 milímetros. No município choveu ao todo 1.449,7 milímetros quando o esperado para os quatro meses é 908,8 milímetros. Quase 60% acima do normal.
Depois aparecem Pacoti (Maciço de Baturité) com 1.416,8 milímetros; Guaiuba (Grande Fortaleza) com 1.378 milímetros; Granja (Região Norte) com 1.309,1 milímetros e Uruburetama (Região Norte) com 1.308,2 milímetros.
Na Região Metropolitana o destaque foi Caucaia que recebeu 1.365,6 milímetros. Em Fortaleza, as precipitações ficaram 10,8% abaixo do esperado para os quatro meses.
Quadra chuvosa com 51% de reserva hídrica - A quadra chuvosa de 2023 no Ceará terminou em torno da média, de acordo com a Funceme. Em termos de porcentagem o resultado é de 51%.
De fevereiro a maio deste ano choveu 643,3 milímetros. Esse acumulado fica na frente a do ano passado quando registrou 621,3 milímetros. A média para o período é 600,7 milímetros. O resultado é mais satisfatório dos últimos três anos.
Banabuiú destaque com maior aporte
A Bacia do Banabuiú, no Sertão Central, registrou o maior aporte entre todas as bacias do estado, segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Cerca de 1,3 bilhão de metros cúbicos no total. Todos os 19 açudes monitorados na bacia do Banabuiú estão em condições melhores do que estavam no início do ano.
De acordo com a Cogerh, após anos seguidos de baixos aportes, a bacia registrou o maior volume dos últimos 10 anos. Nesta quadra chuvosa, a reserva hídrica na região passou de 9% para 41%, saindo da classificação “muito crítica” para “em alerta”.
O Açude Orós se encontra com 67,5% de aporte, melhor número desde 2013. Já o Castanhão, que chegou a marcar 2,1% de volume em 2018, agora bate 32%, maior percentual desde 2014.