Ter sua própria garrafa para encher de água e beber é muito melhor para o meio ambiente do que usar copos plásticos. No entanto, este hábito pode trazer riscos se a higiene das garrafinhas não estiver em dia.
Garrafas de água reutilizáveis contêm em média 20,8 milhões de unidades formadoras de colônias
Um estudo feito pela organização WaterFilterGuru.com aponta que garrafas de água reutilizáveis contêm uma média de 20,8 milhões de unidades formadoras de colônias de bactérias, o que equivale a 40 mil vezes mais do que os microrganismos existentes em um assento de vaso sanitário.
Quando vamos nos hidratar, nossa boca entra em contato com a água da garrafa. Isso possibilita que restos de alimentos e até mesmo as bactérias da nossa boca entrem em contato com a água.
O ideal, apontam os especialistas, seria lavar as garrafas de água após cada uso. Como isso é bem difícil — principalmente porque costumamos usar a garrafa quando estamos fora de casa — a dica é higienizar bem o recipiente pelo menos 3x por semana.
Água quente e detergente são as principais "armas" contra as bactérias armazenadas nas garrafas de água reutilizáveis. Deixe o recipiente de molho na mistura de água aquecida com detergente. Dê uma atenção especial para as tampas.
Se você tem o costume de usar aquela garrafa para beber água, evite colocar nela outros tipos de bebida, principalmente adocicadas.
Dentro das garrafas podem crescer bactérias que vivem em simbiose com os seres humanos, como estreptococos e estafilococos.
"Bactérias como E. coli — uma causa comum de infecções urinárias e intestinais — muitas vezes podem colonizar a garrafa de água após manuseio repetido, como colocar e tirar a tampa."
Essas bactérias podem potencialmente causar uma variedade de problemas, como doenças gástricas cujos sintomas são diarreia ou vômito, até mesmo infecções do trato urogenital e pneumonia, alerta o especialista.
O acúmulo de mofo dentro da garrafa pode também causar sintomas de alergia, como coriza, espirros ou olhos vermelhos e com coceira. Isso pode ser potencialmente mais grave para pessoas que tenham asma.
O Globo