quarta-feira, 28 de junho de 2023

Após 21 anos, acusado de matar policial em Iguatu será julgado em júri popular

Foto: Reprodução
Decisão do Supremo Tribunal Federal concluiu que as circunstâncias do crime não evidenciam legítima defesa
O Tribunal do Júri de Iguatu realiza, na próxima terça-feira (4), às 8h30, o julgamento de Temoteo Sudario da Silva, acusado de matar o policial militar Nilton Moreira Lima, ocorrido em 14 de abril de 2002. A família de Nilton espera há mais de duas décadas por justiça.

O caso do policial militar, morto de forma brutal com sua própria arma enquanto estava ajoelhado e indefeso, será finalmente submetido ao júri popular, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal que concluiu que as circunstâncias do crime não evidenciam legítima defesa.

Nilton Moreira foi assassinado ao sair de uma festa, após um incidente com Temoteo, que não aceitou seu pedido de desculpas e decidiu enfrentá-lo. Durante a festa, algumas pessoas conseguiram controlar o conflito, porém Temoteo, aguardou pela saída de Nilton. Quando a vítima estava deixando o local em uma motocicleta, o acusado o emboscou, ultrapassando o veículo e bloqueando seu caminho.

Temoteo, armado, apontou sua arma para Nilton, que, na tentativa de se proteger, segurou o réu. Foi nesse momento que acusado disparou contra o policial, que já estava ferido e sem condições de se defender. O agressor então retirou a arma da cintura do militar e tirou sua vida de forma cruel, disparando diversos tiros com a arma do próprio policial.

Após cometer o crime, Temoteo fugiu do local, levando consigo a arma do policial.

Agora, finalmente, a justiça terá a oportunidade de avaliar esse caso que marcou a comunidade, levando-o a julgamento perante o júri popular, onde a sociedade terá a responsabilidade de decidir o destino do acusado.

O júri popular é uma instituição presente no sistema jurídico brasileiro que permite que um grupo de cidadãos comuns, chamados de jurados, participe do julgamento de crimes dolosos contra a vida, como homicídios e tentativas de homicídio. Nesse tipo de julgamento, a decisão final sobre a culpabilidade do acusado é tomada pelos jurados, de forma democrática e imparcial.

GCMais

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