Afastado após se ver no epicentro de um escândalo sexual, o padre José Maria dos Santos, 65 anos, registrou um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) sobre o furto de seu aparelho celular. O crime teria ocorrido no último sábado (22/4), data em que o vídeo, que revela cenas de sexo entre o pároco e outro homem, viralizou. As imagens teriam sido gravadas em dezembro do ano passado.
O sacerdote procurou a PCDF, que anotou a ocorrência como difamação, furto de celular e registro não autorizado de intimidade sexual. Na ocasião, o religioso relatou que havia deixado o smartphone no sofá da casa paroquial. Ao retornar, não encontrou mais o celular, que, segundo o pároco, não tinha senha de bloqueio.
José Maria contou aos policiais que, após o furto, o suposto ladrão começou a postar uma série de vídeos eróticos, que tinham o padre como protagonista, nas redes sociais. Segundo o depoimento do religioso, uma testemunha teria visto um homem entrar na residência do pároco.
O caso
Os vídeos mostram o religioso em momentos íntimos que não configuram crime, mas que vão contra os preceitos da Igreja Católica Apostólica Romana. A regra da entidade religiosa prevê que um sacerdote, no ato de seu ordenamento, faça voto de castidade e, a partir daquele momento, deixe de se relacionar sexualmente, seja com homens ou mulheres.
As imagens mostram o padre José Maria sentado em um sofá com outro homem. Em um dos vídeos, o sacerdote recebe sexo oral do rapaz e chega a segurar a cabeça dele. Em outro, o homem está sem calças e senta no colo do padre, que segura na cintura dele e faz movimentos com o quadril.
O padre alterna entre gemidos, sorrisos e expressões de prazer.
A parede da sala onde o vídeo foi gravado é de tijolos, assim como a da Paróquia São Camilo. Apesar disso, não é possível afirmar que o ato foi cometido nas dependências da igreja.
Castidade
O padre José Maria faz parte da Ordem dos Ministros dos Enfermos, também conhecidos como Camilianos ou Padres Camilos, por ser um grupo religioso fundado por São Camilo de Lellis.
Ele ingressou na ordem em 1981, após trabalhar como auxiliar de enfermagem no Ceará, na década de 1970.
Metrópoles