A Americanas, que entrou com pedido de recuperação judicial no último mês, encerrou o serviço de televendas da empresa.
Ao ligar no número indicado no site, a mensagem que o consumidor ouve é: “Prezado cliente, nosso serviço de televendas foi encerrado. Você pode aproveitar nossas ofertas pelo aplicativo e pelo site. Obrigado”.
A CNN entrou em contato com a Americanas, mas a empresa não deu detalhes sobre o encerramento deste serviço. A companhia respondeu apenas que “interrompeu alguns contratos de empresas fornecedoras de serviços terceirizados”.
“A Americanas atua nesse momento na condução de seu processo de recuperação judicial, cujo um dos objetivos é garantir a continuidade das atividades da empresa, incluindo o pagamento dos salários e benefícios de seus funcionários em dia. O plano de recuperação definirá quais serão as ações da empresa para os próximos meses e será amplamente divulgado assim que for finalizado”, informou em nota.
Cerca de 50 empregados terceirizados da empresa foram demitidos na terça-feira (31). As demissões aconteceram no Rio de Janeiro (RJ), em São Paulo (SP) e em Porto Alegre (RS). A informação foi confirmada pelo presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah.
Segundo Patah, as demissões ocorreram porque esses contratos com algumas das empresas terceirizadas com a varejista já tinham término previsto para o último dia de janeiro de 2023.
O presidente do sindicado disse que alguns desses fornecedores deverão ser substituídos por outras empresas.
De acordo com apuração da CNN, os terceirizados prestavam serviço na área de TI. A dívida da Americanas supera R$ 41 bilhões.
Financiamento extra
A Americanas informou ao mercado que está pedindo à Justiça o direito de tomar um crédito extra de R$ 1 bilhão. Se for concedido, os acionistas de referência – Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira – também avaliam aportar um valor semelhante.
Conhecido como DIP, esse tipo de empréstimo é concedido por firmas especializadas em empresas em recuperação judicial.
CNN