A defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF, ironizou a “minuta do golpe” e disse que, devido aos “erros de português”, teria sido escrita pelo deputado federal Tiririca (PL).
“[A minuta], possivelmente, foi feita pelo Tiririca. Tem mais de 50 erros de português”, acusou o advogado Demóstenes Torres.
Ainda de acordo com a defesa de Torres, o ex-ministro teria levado o documento para sua casa sem saber ao menos quem o entregou.
“Aquilo é uma presepada que alguém deixou no Ministério da Justiça e ele levou para casa e ficou por lá. Ele não lembra quem entregou porque não recebe documentos diretamente”, disse o advogado.
Demóstenes aproveitou a situação para criticar a ‘minuta do golpe’, que segundo ele, o documento não tinha ‘qualquer repercussão’.
“Ao começar a ler, já viu que era uma coisa terrível, boba e que não tinha qualquer repercussão. Tanto é que aquilo ficou para ser jogado fora”, completou ao se referir sobre uma possível leitura de Anderson no documento.
Até a próxima segunda-feira (6), a defesa de Torres deve pedir a suspensão da prisão preventiva do ex-ministro. Segundo Demóstenes, o caso não cabe habeas corpus.
O ex-ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi preso no dia 14 de janeiro no aeroporto de Brasília, ele é investigado por suposta “omissão e conivência” com o ataque à capital em 8 de janeiro. Afastado do cargo em decorrência do ataque, ele estava de férias nos Estados Unidos e foi preso ao desembarcar no Brasil.
Nesta quinta-feira (2), com mais de 10 horas de duração, Torres prestou depoimento à Polícia Federal (PF). A defesa do ex-ministro disse que a demora aconteceu devido a outros fatos terem sido questionados no interrogatório.
“[Demorou] porque são muitas coisas que foram perguntadas, não só sobre o que aconteceu no dia 8, mas sobre fatos anteriores”, disse o defensor.
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