sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Metástase cerebral: entenda a causa da morte de Glória Maria

Foto: Reprodução
A jornalista descobriu o problema de saúde ao realizar uma ressonância magnética após desmaiar e bater a cabeça na cozinha de casa.
A jornalista Glória Maria, uma das mais importantes profissionais da televisão brasileira, faleceu nesta quinta-feira (2) no Rio de Janeiro vítima de metástase cerebral. Glória Maria foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2019 e obteve sucesso com o tratamento de imunoterapia, no entanto, logo após, ela sofreu metástase no cérebro, realizou cirurgia, mas os novos tratamentos para continuar o combate à condição deixaram de fazer efeito. A jornalista descobriu o problema de saúde ao realizar uma ressonância magnética após desmaiar e bater a cabeça na cozinha de casa.

De acordo com o neurocirurgião Bruno Burjaili, a metástase ocorre em decorrência de tumores cancerígenos.

“A metástase cerebral é formada quando há algum tumor no organismo que despende fragmentos microscópicos que chegam ao cérebro por meio da corrente sanguínea, elas são bastante comuns entre os tumores cerebrais e podem se derivar de tumores em qualquer parte do corpo”.

O profissional explica os principais sintomas da metástase cerebral: “A metástase cerebral pode desencadear uma série de sintomas típicos, como dores de cabeça, crises epilépticas, perda de força nos membros, déficit neurológico, perda de visão e até alterações no comportamento, embora algumas vezes possa ser assintomática.”

“No caso da Glória Maria, a condição foi descoberta após um desmaio que pode ter sido causado por um aumento da pressão intracraniana, que pode ser responsável por reduzir ou cortar momentaneamente a perfusão de sangue no cérebro, causando síncopes (desmaios)”, esclarece o doutor Bruno Burjaili.

Ele ainda comentou que a melhora ou evolução do quadro varia bastante de acordo com diversos fatores, como o tumor primário do paciente, idade do paciente, gravidade do caso, entre outros, o que pode fazer com que o quadro não possa ser revertido e sejam aplicados apenas tratamentos paliativos.

“Pode ser realizada uma cirurgia, na qual o neurocirurgião realiza a secção da metástase utilizando um microscópio cirúrgico, também pode ser usada a quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, mas o tratamento nesses casos é bastante individualizado de acordo com o caso de cada paciente”, explica o profissional.

GCMais

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