Os faccionados teriam travado uma briga entre si, que resultou em uma sequência de assassinatos
A chegada de uma nova facção no Ceará desafia a Segurança Pública estadual por vir atrelada a uma série de crimes, até mesmo protagonizados por membros dos demais grupos criminosos, que tentam resguardar território. Mortes violentas ocorridas em fevereiro de 2022 estariam atreladas a rixa entre os bandos.
Conforme denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), que integra o 'Tempo de Justiça', uma ruptura interna em uma facção local se deu quando "membros desta se uniram à facção carioca Terceiro Comando Puro (TCP), sem a anuência do restante da cúpula". Os faccionados teriam travado uma briga entre si, que resultou em uma sequência de assassinatos.
Júlio César Arcanjo e Diogo Ângelo Ferreira teriam participado da morte de Josenildo Marques Palhano, o 'Sal', no dia 16 de fevereiro de 2022. 'Sal' exercia liderança na facção local. Com a sua morte, ascendeu ao poder da organização José Renan Oliveira Marinho, o 'Formiga'. Mas não demorou até que o bando determinasse vingança pela morte de Josenildo.
"No papel de liderança, surgem José Renan, juntamente com Danielzim, George e Wanderson, em retaliação à morte de Sal. De acordo com a acusação, "eles ordenaram a morte de integrantes do grupo dissidente rival".
MPCE
Homicídios relacionados à ruptura começaram a ser registrados em Fortaleza. Uma das primeiras vítimas a 'pagar pela morte de ‘Sal' foi Júlio César Arcanjo. Diogo ainda sofreu tentativa de homicídio, mas conseguiu fugir.
MATADORES
Além de Formiga, foram denunciados por participação na tentativa do duplo homicídio: Daniel dos Santos Alves, Danielzim George Matheus de Sousa Braga, Wanderson Sousa Lima, Júlio César Moreira da Silva, Emerson dos Santos Sousa, Antônio Laerte Ferreira Bezerra e Josiel Oliveira da Silva.
De acordo com o MP, Júlio César, Emerson, Antônio Laerte e Josiel "atuam para a organização criminosa como matadores". Já José Renan, Daniel, George e Wanderson teriam função de comando dentro da facção.
Em agosto, o MP requereu com urgência a decretação da prisão preventiva dos réus. Até o momento, há informação que seguem presos George Matheus, Daniel dos Santos e Júlio César.