quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

5G afeta sinal de TV na parabólica antiga; guia traz tudo sobre a mudança e quem pode pedir nova antena gratuita

Atualmente, nova parabólica pode ser solicitada nas capitais e em outras 26 cidades, desde que pessoa esteja inscrita no CadÚnico e tenha uma parabólica antiga funcionando.
Com a chegada da internet 5G ao Brasil, a transmissão via satélite de canais abertos de TV mudará de faixa para evitar interferências. A faixa é como uma “entrada” no ar, por onde os sinais trafegam.

Com essa alteração, para captar o sinal da TV aberta, usuários de antenas parabólicas convencionais vão precisar trocar o equipamento por parabólicas digitais, aquelas menorzinhas.

Kits com antena digital, receptor e cabos são vendidos em lojas físicas e na internet. Mas quem é beneficiário de programas sociais do governo federal (e, portanto, inscrito no sistema CadÚnico) e tem uma parabólica convencional funcionando pode receber de graça a nova parabólica.

1. Vou precisar trocar de antena? Por quê?
Quem tiver a antena parabólica convencional  vai ter que trocar este equipamento por conta da ativação do 5G, a nova geração de internet móvel, no Brasil.

É que o 5G vai operar principalmente na faixa de 3,5 GHz. As faixas são as frequências por onde a rede é ativada, como se fossem a “rodovia” no ar por onde circulam os dados.
6. Quem pode ter o kit da nova parabólica de graça?
É preciso atender a dois requisitos para ter direito ao kit com a nova parabólica:
  • ter uma parabólica antiga/convencional que esteja funcionando;
  • ser inscrito no CadÚnico.
O Cadúnico é um sistema que cadastra os beneficiários de algum programa social do governo federal, como Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família), Tarifa Social de Energia Elétrica, ID Jovem, Carteira do Idoso e Casa Verde e Amarela.

Se a pessoa atende aos dois requisitos, o próximo passo é verificar se a cidade onde mora já oferece a troca de equipamentos. Atualmente, isso acontece apenas nas capitais e em outros 26 municípios com mais de 500 mil habitantes (veja abaixo a lista).

O agendamento para trocar a antena parabólica só está disponível nesses locais porque ou já tiveram o 5G ativado (caso das capitais) ou serão os próximos a receber a tecnologia (as 26 cidades com mais de 500 mil habitantes).

A ANTENA DIGITAL PODE SER SOLICITADA PELO SITE DA SIGA ANTENADO OU POR TELEFONE, PELO NÚMERO 0800 729 2404. O EQUIPAMENTO É ENTREGUE E INSTALADO GRATUITAMENTE PELA ENTIDADE DE ACORDO COM O AGENDAMENTO REALIZADO.

A Siga Antenado é uma entidade formada por Claro, TIM e Vivo. Essas operadoras arremataram os lotes da principal frequência da internet 5G. Como contrapartida, elas ficaram responsáveis por financiar a troca das antenas para os beneficiários do CadÚnico.

7. Como saber se estou no CadÚnico?
É possível conferir se você está em algum programa social ao informar seus dados pessoais por meio do site do CadÚnico. Você também pode descobrir pelo aplicativo Meu CadÚnico.

8. Em que cidades é possível pedir a nova parabólica de graça?
Atualmente, o agendamento para receber a nova parabólica de graça está liberado em todas as capitais e outras 26 cidades com mais de 500 mil habitantes (veja a lista abaixo) – municípios nessa faixa populacional serão os próximos a receberem a ativação do 5G.

O cronograma da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) prevê que, nas cidades com mais de 500 mil habitantes, a faixa de 3,5 GHz deve ser ativada para o 5G até janeiro de 2023.

Com essa ativação, as cidades também terão interferência no sinal de TV via parabólica convencional

9. E se eu não for elegível para receber a antena gratuitamente, onde compro?
É possível comprar uma antena digital na internet e em diversos tipos de loja física, principalmente as do setor de tecnologia e material de construção.

Na internet, é possível encontrar preços na faixa de R$ 30 para antenas internas e R$ 70 para as “espinhas de peixe”.

10. Quais as vantagens da nova parabólica digital? O sinal continuará de graça?
A parabólica digital oferece imagem e som com mais qualidade e equipamentos mais modernos, além de novos canais e programação regional. E, sim, o sinal da TV aberta continuará de graça. (g1)

Como o sinal da TV pela parabólica antiga opera em uma frequência/faixa muito próxima (3,6 a 3,7 GHz) dessa destinada ao 5G, esses equipamentos poderão sofrer interferências onde a nova geração da internet estiver ativada. Por ora, o 5G foi ligado nas capitais e em 26 cidades.

A mudança da faixa da antiga parabólica foi definida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) quando ela criou as regras para o 5G começar a valer no Brasil. Esse documento prevê o desligamento do sinal de TV nas parabólicas antigas.

2. Essa faixa já está sofrendo interferências? Quais?
A interferência já pode ser sentida nas TVs das capitais e de cidades onde o 5G já está ativado. O efeito da nova tecnologia pode fazer o sinal da parabólica convencional trazer imagens com “chuvisco” ou até fazer a conexão cair.

3. Quando o sinal de TV será desligado nas parabólicas antigas?
A Anatel deu um prazo de 18 meses, contando a partir de 30 de maio de 2022, para que transmissão da TV aberta pare de funcionar nas parabólicas antigas. Ou seja, o sinal está programado para ser desligado no começo de 2024.

No entanto, caso seja necessário, esse prazo ainda poderá ser prorrogado até 31 de dezembro de 2025 pelo grupo criado pela Anatel para coordenar a ativação do 5G no Brasil.

4. Tenho antena de TV: preciso fazer alguma coisa?
Você só precisará trocar de antena se tiver a parabólica convencional, a mais antiga dos modelos oferecidos atualmente. Formatos de antenas digitais (nova parabólica, “espinha de peixe” e interna) não precisam ser trocados.

5. Como diferenciar as antenas?
A parabólica convencional, que precisará ser trocada, é maior do que as outras antenas. Sua estrutura pode ter até 3 metros de diâmetro, é telada e tem hastes ao redor da antena.

A nova parabólica digital, que substituirá a convencional, é menor e tem uma chapa rígida em formato de círculo como suporte para a antena. A estrutura é igual à das parabólicas de TV por assinatura, que não precisam ser trocadas.

Outros modelos de antenas, como as externas conhecidas chamadas de “espinha de peixe” e as internas, já têm sinal digital e também não precisam ser substituídos.

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