Capitão Wagner, candidato do União Brasil ao Governo do Estado, se notabilizou nos últimos anos, desde a paralisação de policiais militares em 2011, como um vitorioso nas disputas eleitorais ao Poder Legislativo. Vereador, deputado estadual e deputado federal mais votado nos pleitos que disputou, o postulante não tem tido o mesmo desempenho quando a disputa é para o Poder Executivo. Duas vezes derrotado nas eleições para prefeito de Fortaleza, o líder da oposição tenta, agora, seu maior desafio na vida pública: o pleito ao Governo do Ceará.
Capitão Wagner nasceu em São Paulo e mudou-se para Fortaleza, junto com os pais, ainda criança. Em 2009, filiou-se ao Partido da República, disputando sua primeira eleição em 2010, obtendo quase 29 mil votos. Ficou na suplência e assumiu o cargo em setembro de 2011, quando a titular da vaga, Fernanda Pessoa, tirou licença. Foi no fim deste ano que liderou a paralisação da Polícia Militar, um momento crítico para a Segurança Pública do Ceará.
Foi eleito o vereador de Fortaleza mais bem votado, em 2012, com mais de 43 mil votos. Em 2014 foi eleito o deputado estadual mais bem votado e disputou o pleito de 2020 para prefeito da Capital cearense, sendo derrotado por Roberto Cláudio no segundo turno. Em 2018 se tornou o deputado federal com a maior quantidade de votos no Ceará, e dois anos depois, mais uma vez, perdeu as eleições para prefeito, desta vez disputando com o ex-deputado Sarto, do PDT, que foi eleito.
Apesar de ter tido apoio do PSDB e PMDB, Capitão Wagner rompeu com essas agremiações, nos anos seguintes, e construiu seu próprio grupo político, que faz oposição à gestão atual. Se firmou como o principal líder de oposição no Ceará, tendo boa parte de seus liderados ligados à área da Segurança Pública.
Apoio
Para a disputa ao Governo do Estado neste ano, apareceu em primeiro lugar nas primeiras pesquisas eleitorais publicadas. No entanto, com o passar da campanha, foi ultrapassado numericamente por Elmano de Freitas, do PT. Nos últimos anos, Wagner se alinhou cada vez mais com a gestão do presidente Jair Bolsonaro, mas escondeu essa proximidade no pleito de 2020 e na disputa de 2022. O chefe do Executivo Federal, por outro lado, tornou público seu apoio ao deputado cearense nos dois momentos.
Por Miguel Martins - Blog do Edison Silva