Uma mulher de 30 anos de Limeira, no interior do estado de São Paulo, diz ter sido agredida e expulsa de um carro de aplicativo por um motorista. Ela estava com o seu filho, um bebê de cinco meses. Pelo vídeo que ela mesma filmou é possível ver o motorista gritando para que ela saia do carro.
O motivo da violência, segundo ela, foi um pedido para que o homem reduzisse a velocidade. O caso, registrado na Polícia Civil, ocorreu na última quinta-feira (1º) e ganhou repercussão das redes sociais.
O motorista teve a conta temporariamente desativada, enquanto o caso é investigado, afirmou a Uber.
A vítima chegou a filmar parte do ocorrido em um vídeo que viralizou. “Eu perguntei se ele conseguiria reduzir um pouco a velocidade, já que eu estava com meu filho no carro. Ele virou para mim, disse que estava a 50km/h, que iria cancelar a corrida e começou a ficar irritado”, relata a mulher, que não conhecia o motorista de aplicativo.
Nas imagens, consta o momento em que o motorista sai do carro e manda a passageira descer do veículo. Ele chega a gritar com a passageira.
“Ele está querendo me deixar na rua com meu filho. Eu não vou descer com meu filho. Olha aqui o cara, olha o que ele está fazendo. Eu estou com meu filho no carro, você respeita”, diz a mulher no vídeo. Ela pede ainda para que o condutor retorne ao ponto onde pediu a corrida e entrou no veículo.
O motorista, então, começa a alterar o tom de voz e ameaça tirar a mulher e o filho dela do carro “na força”, caso continuassem dentro do veículo.
A mulher afirmou que parou a gravação quando o motorista foi para o lado onde ela estava sentada. Segundo a passageira, o homem a arrancou à força do veículo.
“Ele bate a porta do lado do carro onde estava o meu filho e se dirigiu para o outro. Foi o momento em que ele me puxou pelo braço e machucou”.
Um boletim de ocorrência por lesão corporal foi registrado na Delegacia da Mulher de Limeira e um exame de corpo de delito constatou os hematomas da agressão, no antebraço direito da passageira, informou a vítima.
“Falei que ia ligar pra polícia, ele respondeu que eu podia ligar e já saiu com o carro.”
Em nota, a empresa Uber comunicou que considera inaceitável e repudia qualquer ato de violência contra mulheres e que colabora com as investigações.
“Defendemos que as mulheres tenham o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. Acreditamos também na importância de combater, coibir e denunciar casos dessa natureza. Encorajamos que as mulheres denunciem qualquer violência às autoridades competentes”, também diz a nota.
Com informações de UOL