Para as eleições gerais deste ano, uma plataforma on-line promete ajudar o eleitor brasileiro a escolher os deputados federais e senadores para lhe representar no Congresso Nacional. Trata-se do Ranking dos Políticos, organização que classifica os melhores e piores parlamentares em notas de 0 a 10 de acordo com os seus trabalhos realizados na Câmara dos Deputados e no Senador Federal, com base em três critérios: combate à corrupção, a privilégios e a desperdícios. A plataforma permite consulta de várias maneiras, tais como por estado, por partido, só Câmara ou só Senado, por ano ou por legislatura inteira. Todos os 513 deputados federais e os 81 senadores que ficaram pelo menos seis meses no mandato são monitorados e ranqueados.
O ranqueamento utiliza dados e informações públicas e oficiais, retiradas diretamente dos sites do Senado, da Câmara e dos Tribunais e Varas de Justiça. Qualquer parlamentar que tenha bom desempenho nos critérios anticorrupção, antidesperdícios e antiprivilégios consegue ter uma boa colocação, independentemente de sua posição ideológica. Entre os 15 primeiros colocados no Ranking dos Políticos, há parlamentares de oito partidos diferentes, de centro-esquerda centro e centro-direita.
O quesito antiprivilégios leva em consideração o posicionamento dos parlamentares nas votações das propostas que têm grande poder de transformar a economia do Brasil, tais como: Marco Legal da Ferrovia, o Novo Marco do Saneamento Básico e Código de Defesa do Pagador de Impostos. Parlamentares que ficaram a favor dessas medidas ganharam pontos no Ranking. Desde o início da legislatura (2019-2022) até o momento, foram computadas 112 votações (lista abaixo) no ranqueamento da plataforma.
Os parlamentares autores ou relatores de projetos ranqueados recebem pontuação dobrada quando seus projetos são aprovados. Da mesma forma, parlamentares líderes de bancadas recebem pontos extras conforme o desempenho de seus correligionários: em bancadas partidárias de notas 0 a 5, o líder não ganha ponto extra; em bancadas de notas de 5 a 6, o líder recebe 0,1; de 6 a 7, o líder recebe 0,2 e em bancadas de nota de 7 a 10, o cabeça da bancada ganha 0,3. “Essa é uma forma de reconhecer e valorizar o trabalho de liderança parlamentar dentro do Congresso, que é exaustivo e intenso”, explica o diretor-geral do Ranking dos Políticos, Gláucio Dias.
Já o critério antidesperdícios considera a quantidade de faltas e presenças nas sessões e reuniões plenárias, além do percentual da economia da cota parlamentar e da verba de gabinete – juntas, de 2019 até hoje, elas somam R$ 1.129.029.615,89 na Câmara dos Deputados e R$ 74.046.094,42 no Senado Federal. Quem falta menos e economiza mais pontua melhor no Ranking.
Por fim, no combate à corrução, são considerados processos de direito público como improbidade administrativas, desvio de recursos e corrupção. Deputados federais e senadores com condenações perdem pontos. Quanto maior o grau da condenação proferida (1º grau, 2º grau ou trânsito em julgado), maior a perda de pontos: Ao todo, o Ranking dos Políticos monitora 2.123 processos judiciais de parlamentares em todas os tribunais e varas de Justiça do Brasil.