sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Austríaca nega que rejeitou herança de R$ 22 bilhões

Foto: Reprodução/Youtube/Moment Magazin
Jovem afirma ter sido vítima de uma fake news e que vai distribuir 90% do dinheiro após receber a fortuna da família
A jovem austríaca Marlene Engelhorn, 29, viralizou nas redes sociais após anunciar que iria abrir mão de uma fortuna de R$ 22 bilhões, acumulada por sua família ao longo de quase 200 anos. A informação, porém, foi negada pela herdeira, que diz ter sido vítima de uma fake news.

Marlene, que é uma das descendentes de Friedrich Engelhorn, fundador da multinacional química Basf, conta que viu sua foto nas manchetes de jornais espanhóis e italianos e não entendeu o motivo. Ela recorreu ao Google Tradutor para descobrir por que o nome dela estava ganhando tanta atenção no sul da Europa.

Ao ler frases como “Ela tem 29 anos e se recusa a receber uma herança de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 22 bilhões), por quê?” e “A jovem que renuncia uma herança de mais de US$ 4 bilhões porque não quer ser tão rica”, ela entendeu o que estava acontecendo.

Em uma videochamada com o jornal catalão ARA, ela negou a veracidade das afirmações sobre ela: “Vou herdar uma soma de dois dígitos em milhões de euros e não a rejeito. Quero poder redistribuir pelo menos 90% disso, idealmente por meio de impostos. Caso contrário, vou procurar o meu próprio caminho”.

Em fevereiro de 2021, ela enviou uma carta aberta junto com outras pessoas incomodadas com a baixa tributação dos “ricos demais”. Dessa iniciativa surgiu o Taxmenow, um movimento que pede maior tributação de milionários e bilionários para redistribuir a riqueza de forma mais justa.

Um dos projetos em que participou é, precisamente, a Resource Generation, uma organização que tem como alvo jovens entre 18 e 35 anos que mais cedo ou mais tarde herdarão fortunas, para conversar com eles sobre redistribuição de riqueza. “Os ricos tendem a justificar que já têm fundações beneficentes, mas quem deve pagar são os Estados. Não devemos esperar que um rico venha fazer uma doação; isso não pode substituir os gastos públicos ou uma redistribuição verdadeiramente democrática”, finaliza.

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