Um estudo publicado na revista Nature Reviews Disease Primers apontou que pessoas pobres adquirem doenças crônicas dez anos antes, comparadas com a população mais privilegiada. A pesquisa foi realizada em Brasil, Dinamarca, Reino Unido, Austrália, EUA e Peru.
O estudo concluiu que as doenças mais comuns nas pessoas mais pobres são hipertensão, diabetes, depressão, obesidade e cardiopatias, convivendo por mais tempo com multimorbidade.
Cientistas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, explicam que uma das causas da multimorbidade em pessoas pobres é pela dificuldade para garantir direitos humanos básicos, além da falta de acesso a informações que podem contribuir para hábitos mais saudáveis.
Outro fator que contribui para o aparecimento de doenças especificamente nesse público são as dificuldades econômicas, segundo o jornal O Globo.
O estudo também apontou que a pandemia de Covid-19 trouxe impacto no cenário da multimorbidade, pela dificuldade em conseguir serviços de profissionais de saúde. Além da morte de pessoas com comorbidades.