Seis suspeitos de participação no esquema criminoso foram presos em uma operação deflagrada nesta quinta-feira (28)
Uma investigação da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), em parceria com o Ministério Público do Ceará (MPCE), descobriu que uma facção criminosa de origem carioca ordenou o fechamento de várias casas de apostas e de jogo do bicho, para depois reabrir os estabelecimentos sob o seu comando, no Interior do Ceará. Seis suspeitos de participação no esquema criminoso foram presos em uma operação deflagrada nesta quinta-feira (28).
O esquema criminoso funcionava nos Municípios de Pentecoste e Apuiarés (a cerca de 115 km e 140 km de distância de Fortaleza, respectivamente), na Região do Vale do Curu. A PC-CE e o MPCE cumpriram 15 mandados judiciais - sendo 6 de prisão temporária e 9 de busca e apreensão - nos dois municípios e em Itapipoca
Um alvo de um mandado de prisão acabou também preso em flagrante, por tráfico de drogas, com uma pequena quantidade de cocaína. Também foram apreendidos maquinários de aposta, dinheiro e um veículo Fiat Toro
O titular da Delegacia Municipal de Pentecoste, delegado Ronivaldo de Oliveira, explica que a Polícia Civil "começou a receber denúncias que pessoas ligadas a uma facção criminosa estavam determinando o fechamento de casas de apostas e de jogo do bicho". Ia um grupo de bandidos armados, ameaçava as pessoas, que se obrigavam a fechar os estabelecimentos. Pouco tempo depois, uma pessoa aparecia nesses lugares com uma solução, dizendo que era autorizado pela facção, e os negócios reabriam. A gente entendeu que estava tendo uma ligação entre essas pessoas e a facção."
RONIVALDO DE OLIVEIRA
Delegado da Polícia Civil do Ceará
A facção carioca ordenou o fechamento de ao menos 10 casas de apostas e de jogo do bicho, em Pentecoste e Apuiarés. Destes, 4 aderiram à proposta do homem ligado à facção criminosa e viraram alvos da Polícia.
Entre os presos temporariamente, estão o gerente dos negócios (que afirmou ser autorizado pela facção), os 4 proprietários dos estabelecimentos e um integrante da facção (que teria participado das ameaças). A prisão tem validade de 30 dias.
Diário do Nordeste