Sem contato por 20 anos, a irmã de Edna, mulher mantida em cárcere por 17 anos pelo marido, acreditava que ela estava morta.
A irmã, que não quis revelar o nome, disse que o cunhado Luiz Antônio era abusivo e afastou Edna da família. “Convivi com ela até as crianças nascerem. Depois, ele começou a prender ela, não deixava sair, não deixava a gente ver ela. A gente falou que ia denunciar ele e ele foi embora, sumiu”, contou a mulher que soube do paradeiro da irmã esta semana quando Edna e os filhos de 22 e 19 anos foram resgatados.
“Achei que ela tinha morrido, sei lá, do jeito que ele era agressivo, que ele tinha matado, não sei. Fiquei apavorada quando vi na reportagem. Até então, não sabia. Depois que vi, vi que o caso é bem mais grave do que eu imaginei”, disse ao G1 Rio.
As duas já conversaram por videochamada e vão se reencontrar em breve.
“Ela está muito magrinha, irreconhecível. Mas me deu um tchau, jogou beijo. Agora só quero dar um abraço nela, vou beijar ela. Ela tá precisando de muito carinho agora”, disse.
Após o resgate, Edna prestou depoimento e pediu medida protetiva para ela e os filhos.
A menina de 22 anos e o jovem de 19 anos, que não falam, tem aparência de crianças de 10 anos por conta das condições desumanas em que viveram a vida toda.