O Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) intimou na noite desta segunda-feira (20) todos os candidatos às eleições
deste ano, inclusive os 13 candidatos à Presidência da República, a detalharem
a declaração de bens, após a Corte recuar de uma simplificação no sistema de
declarações para as eleições deste ano.
Na eleição de 2014, ao declarar
um bem imóvel, por exemplo, o candidato precisava detalhar além do valor, o
tamanho e o endereço, mas neste ano tais informações não estavam sendo
exigidas.
No ano passado, o TSE resolveu
simplificar o sistema de prestação de informações, com o intuito de torná-lo
mais leve e célere, e extraiu os campos de detalhamento na declaração de bens.
Com a repercussão negativa da medida, o ministro Luiz Fux, presidente da Corte
até a semana passada, decidiu recuar e reincluir os campos no sistema.
Luiz Fux (Foto: reprodução) |
Segundo o TSE, a medida tem por
objetivo conferir “o maior grau de transparência possível ao processo
eleitoral”.
A partir do momento em que
foram intimados, todos os candidatos, a todos os cargos, passaram a poder fazer
o detalhamento. Ao todo, 27.811 políticos tiveram pedidos de registro de
candidatura protocolados no TSE.
Somados somente os candidatos à
Presidência da República, o patrimônio declarado neste ano foi de mais de R$ 834
milhões. Os dois mais ricos concentram boa parte dessa quantia: João Amoêdo
(Novo), com R$ 425 milhões; e Henrique Meirelles (MDB), com R$ 377,5 milhões.
Neste ano, os candidatos têm
permissão, se quiserem, a bancar a integralidade dos gastos de campanha,
observados os limites de R$ 70 milhões para o primeiro turno e de R$ 35 milhões
para o segundo turno.
*Agência Brasil