segunda-feira, 13 de agosto de 2018

CABO DACIOLO: QUEM É O CANDIDATO A PRESIDENTE QUE CHAMOU ATENÇÃO NO DEBATE E É INVESTIGADO NO STF


Pouco conhecido, Cabo Daciolo foi destaque do debate na Band entre os internautas nas redes sociais (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
A grande surpresa do primeiro debate para candidatos à Presidência foi o Cabo Daciolo (Patriotas). Rosto novo, anunciado de última hora pelo seu partido,  Daciolo foi acusado de peculato pelo Ministério Público Federal (MPF), em dezembro de 2017, e processo segue em andamento. À época, ele cumpria o primeiro mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro,

O candidato do Patriotas é investigado por se apropriar de parte do salário de seus assessores parlamentares para reverter a verba para Associação dos Bombeiros Militares do Estado do Rio de Janeiro (Abmerj) e o Movimento S.O.S Bombeiros.
 
Enquanto disputa a Presidência, o pastor evangélico e ex-bombeiro líder de movimentos grevistas teve seu processo no Supremo Tribunal Federal (STF) prorrogado por mais 60 dias no último dia 15 de junho, após pedido da Polícia Federal (PF).
 
O pedido de investigação foi feito ao STF em dezembro de 2017 e o ministro Marco Aurélio é o relator do caso. Segundo reportagem da revista Época, Daciolo cobrava cota de 10% dos funcionários de gabinete. À Justiça, Cabo Daciolo afirmou que é inocente.
Segundo os altos, existem indícios de que o deputado desviaria a verba, estimada em mais de R$ 227 mil entre 2015 e 2016, por meio de empresa de consultoria em informação e tecnologia.
 
Após a denúncia, o deputado falou ao portal Gospel Prime que a acusação é feita por "pessoa que sempre recebeu seu salário corretamente". Daciolo ainda creditou os ataques à sua posição de expor o "crime organizado" no Congresso Nacional.

Justiça Militar

Após ficar notabilizado por organizar a greve dos bombeiros do Rio de Janeiro em 2011 - em que chegou a ser preso por nove dias - e estar presente na greve dos bombeiros e Polícia Militar (PM) do estado da Bahia, em 2012, Daciolo entrou na mira da Justiça Militar.
(Foto: Reprodução / Bandeirantes)

Após responder processo disciplinar, já que militares não têm direito à greve, Daciolo recebeu anistia com base na Lei 13.293/2016, que prevê artigo que exime de crime militares que "participam de movimentos reivindicatórios por melhorias de vencimentos e condições de trabalho".
 
Porém, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu prosseguimento das ações imputando ao militar crimes como roubo, dano, estelionato e peculato por equiparação em função da malversação ou dilapidação do patrimônio da Aspra-BA. Os crimes teriam ocorrido no período da greve da PM e do Corpo de Bombeiros da Bahia, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo.
 
Como tinha prerrogativa de foro, Daciolo teve o processo desmembrado dos outros 11 réus, que foram denunciados pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Salvador. O parlamentar, investigado na Ação Penal 927, pediu a extinção do processo e foi atendido pela Primeira Turma do STF, em dezembro do ano passado.
(Foto: Reprodução / Twitter)





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