Fotos: Jefferson Viana |
Com
Plenário lotado e a articulação dos gestores municipais, deputados aprovaram,
por unanimidade, o parecer do relator Hildo Rocha (MDB-MA) que possibilita às
entidades representativas municipais de âmbito nacional proporem Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) e Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) no
Supremo Tribunal Federal (STF). A aprovação representa um importante avanço
para o movimento.
A
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 253/2016 é uma das
seis pautas prioritárias à Confederação Nacional de Municípios (CNM) definidas
na última reunião do Conselho Político. A aprovação do relatório na comissão,
portanto, é a primeira conquista concreta da mobilização municipalista
promovida pela entidade nesta primeira semana de esforço concentrado do
Congresso.
A
participação de dezenas de gestores na reunião do colegiado é a prova de que a
união e o contato com os parlamentares para tratar dos projetos que impactam os
Municípios garantem o avanço das matérias. Com a apreciação do texto, de
autoria do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), espera-se o fim da
vigência do decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro para que a PEC
seja pautada no plenário da Câmara e depois no Senado.
Apoio
Ao defender seu relatório, o deputado Hildo Rocha fez um agradecimento especial aos representantes da Confederação, que lutam, há anos, pela matéria. “Quero parabenizar a união dos Municípios, liderados pelo presidente Aroldi e pelo ex-presidente Paulo Ziulkoski. Essa proposta vem para preencher uma lacuna da Constituição, já que os outros Entes da Federação podem ingressar com ação no STF, enquanto os Municípios não”, declarou.
Fotos: Jefferson Viana |
Outros
deputados membros da Comissão reconheceram o mérito do texto. “Aqui está a
capacidade jurídica do Município ter representação. É um projeto de extrema
importância para dar voz aos lugares onde tudo acontece”, argumentou Rubens
Bueno (PPS-PR). “Toda causa justa é consensual e essa já vem sendo discutida há
tempo. Parabéns ao relator, que teve a sensibilidade de não modificar o texto
para não levarmos ainda mais tempo. E, quando virar lei, que todos saibam
utilizá-la”, adiantou Roberto Palestra (PP-GO).
Luiz
Lauro Filho (PSB-SP), relator de outra proposta prioritária ao movimento – do
Imposto Sobre Serviços (ISS) –, incentivou os gestores a manterem o mesmo
engajamento para as outras matérias. “Aproveitar o alto quórum para pedir apoio
ao PLP 461/2017, pelo qual vamos fazer justiça tributária. Temos defendido que
o tributo do imposto deve ficar mais perto de onde ele é gerado e recolhido”,
explicou. Ele destacou que o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou
que vai pautar a proposta na próxima semana, compromisso firmado na XXI Marcha.
Por: Amanda
Maia Fotos: Jefferson Viana
Da Agência CNM de Notícias