Chapa majoritária com
governador candidato à reeleição e apenas um nome para o Senado. Candidatura
avulsa para “preencher” espaço sem que a aliança formal com o MDB “manche” o
discurso do presidenciável Ciro Gomes.
As estratégias do grupo que,
atualmente, detém o poder no Ceará estão na mesa e são avaliadas com
“paciência” no xadrez político. A reserva, nos bastidores, gera especulação e
qualquer frase pública revela uma ferida ainda aberta.
O ex-governador Cid Gomes (PDT)
voltou a afirmar, na segunda-feira (04), que rejeita a coligação com o MDB de
Eunício Oliveira. “Eu defendo aqui que a gente lance só um candidato ao Senado
e não faça coligação com o PMDB”, disse em tom sereno.
A avaliação é que a ideia de
aliança com o MDB do Ceará pode impactar negativamente no discurso de Ciro
Gomes rumo ao Palácio do Planalto. Ciro tem dito, em todas as oportunidades,
que “com a quadrilha do MDB eu não quero negócio”. O MDB do Ceará, no entanto,
que já foi aliado numa “irmandade” até 2014 tem buscado um reencontro.
Preocupação
A aproximação acendeu um alerta após Ciro ser questionado em entrevistas, na imprensa nacional, sobre o tema. “Essa é uma preocupação que a gente tem. Eu tenho posições individuais, pessoais. Eu, por exemplo, defendo aqui que a gente lance só um candidato ao Senado e não faça coligação com o PMDB. Mas isso é o que eu, pessoalmente, defendo. Mas eu sou um membro de um arco grande de aliança”, ponderou o ex-governador, ontem, durante evento que reuniu prefeitos e lideranças políticas no Centro de Eventos do Ceará.
A aproximação acendeu um alerta após Ciro ser questionado em entrevistas, na imprensa nacional, sobre o tema. “Essa é uma preocupação que a gente tem. Eu tenho posições individuais, pessoais. Eu, por exemplo, defendo aqui que a gente lance só um candidato ao Senado e não faça coligação com o PMDB. Mas isso é o que eu, pessoalmente, defendo. Mas eu sou um membro de um arco grande de aliança”, ponderou o ex-governador, ontem, durante evento que reuniu prefeitos e lideranças políticas no Centro de Eventos do Ceará.
Só um nome
Sobre a “aposta” de Cid, em
lançar apenas um nome ao Senado na coligação de Camilo, o senador cearense
tergiversou. “Eu nunca ouvi do ex-governador Cid Gomes nenhuma declaração nesse
sentido. Então, eu prefiro não fazer nenhum tipo de comentário sobre qualquer
tipo de especulação”, recuou o emedebista. Eunício Oliveira disse que foi
“surpreendido com essas informações”, pelos jornais, na manhã de segunda-feira.
“Eu prefiro ficar tranquilo em relação a tudo isso. Prefiro fugir das
especulações”, ressaltou.
O senador tentou mostrar
“tranquilidade” sobre as articulações que acontecem nos bastidores e minimizou
a fala de Cid. “Nós temos que aguardar. As convenções acontecerão, ainda, no
dia 5 de agosto. Então, nós temos bastante prazo. Na política é preciso que a
gente tenha muita paciência. Temos que aguardar os acontecimentos”, pediu.
Coligações
Sem citar os nomes de Cid ou
Ciro, o senador emedebista afastou a possibilidade de um novo rompimento com o
grupo alegando que a coligação não poderia ser abandonada por “desejos” e
“próprias vontades”. “As coligações serão feitas. É preciso ter paciência. É
preciso que a gente pense, antes de falar. É preciso que a gente não absorva
apenas aquilo que os outros querem que a gente absorva. As pessoas desejam,
falam e isso, muitas vezes, é publicado. Mas isso, muitas vezes, são os seus
próprios desejos, suas próprias vontades. Então, eu prefiro ficar aqui no meu
estilo, de tranquilidade, paciência, de observação, compreensão e de muita, mas
muita dedicação e muito trabalho”, disse.
Em construção
O emedebista, que pretende
disputar a reeleição ao Senado, disse que vai continuar trabalhando pela
aliança e citou encontros com o prefeito de Fortaleza para assinatura de
liberação de recursos, em evento no ministério da Fazenda, para reafirmar que o
acordo eleitoral está em construção. “Essa aliança, do ponto de vista formal,
do ponto de vista das lideranças, isso é algo que vai ser construído durante
esse período, até o dia 5 de agosto”, pontuou.
“Eu compreendo que nesse
momento de afunilamento aos posicionamentos que serão dados a partir do dia 5
de agosto. Nós temos que ter paciência. Eu lembro que eu já fui pra uma
convenção e, em cima do palco, nós ainda estávamos discutindo quem seriam os
suplentes de senadores e quem seriam os possíveis candidatos e quais as
coligações”, revelou para referendar a “tranquilidade” com as negociações.
“Isso é como futebol. Cada um tem seu time e cada um torce pelo seu candidato”,
comparou.
Camilo
Presente ao evento, o governador Camilo Santana foi questionado sobre a aliança com Eunício Oliveira. O chefe do Executivo, no entanto, evitou falar em qualquer definição. “Cada partido está iniciando as suas discussões internas. Nós temos um amplo número de partidos e as alianças vão se consolidar no prazo legalmente constituído pela Justiça Eleitoral”, desconversou.
Presente ao evento, o governador Camilo Santana foi questionado sobre a aliança com Eunício Oliveira. O chefe do Executivo, no entanto, evitou falar em qualquer definição. “Cada partido está iniciando as suas discussões internas. Nós temos um amplo número de partidos e as alianças vão se consolidar no prazo legalmente constituído pela Justiça Eleitoral”, desconversou.
“Grande parceiro”
Questionado sobre a relação
direta com Eunício e uma possível interferência de Cid e Ciro Gomes na
composição da chapa majoritária, Camilo fez elogios ao emedebista mas manteve
distância das definições. “O senador Eunício tem sido um grande parceiro. Desde
o início, ele abriu as portas do seu gabinete no Senado Federal. Ele ocupa,
hoje, um dos mais importantes cargos no Brasil e abriu as portas, não só para o
Estado, como para praticamente todos os municípios cearenses, para os
prefeitos, para a Prefeitura de Fortaleza. Ele tem sido um grande parceiro na
ajuda de trazer recursos de obras importantes para o Ceará. Mas repito: as
alianças estão sendo discutidas e haverá o momento certo, dentro dos prazos
eleitorais, para que a gente possa tomar todas as definições”, concluiu Camilo
encerrando o assunto.
Com informações do OE via
Politica com K