O empresário Francisco Dager
Mourão de Albuquerque e o filho - também empresário - Wendel Felício de
Albuquerque foram presos preventivamente na manhã de ontem (22) em razão de
investigações acerca de fraudes em licitações de prefeituras cearenses no
âmbito da Operação "Cascalho do Mar". A terceira fase da ação
conjunta do Ministério Público do Ceará (MPCE) e Polícia Civil foi deflagrada
após decisão da desembargadora Lígia Andrade de Alencar Guimarães, do Tribunal
de Justiça do Ceará (TJCE).
Além das detenções de pai e
filho, a magistrada também determinou o cárcere de José Darlan Pereira Barreto,
o qual já estava preso em razão da Operação "Malabares" - uma
investigação desencadeada em 28 de março deste ano como desdobramento da
"Cascalho do Mar".
De acordo com o Ministério
Público, Francisco Dager Mourão de Albuquerque e Wendel Felício de Albuquerque
são suspeitos de atuar como "líderes de uma organização criminosa que
fraudava procedimentos licitatórios para prestação de serviços diversos em
prefeituras cearenses".
Além das prisões preventivas de
ambos, as instituições cumpriram mandados de busca e apreensão na Capital e na
cidade de Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Na ocasião,
foram sequestrados celulares, computadores, veículos e documentos em firmas e
residências vinculadas ao suposto grupo criminoso.
Segundo o MPCE, Francisco Dager
Mourão e Wendel Felício já haviam sido investigados em operação similar em
2015. À época o Ministério Público Federal e a Polícia Federal apuraram se eles
cometiam fraudes em licitações para contratação e execução de serviços de
transporte escolar e locação de veículos.
Histórico
A Operação "Cascalho do
Mar" pretende desarticular uma organização criminosa que cria empresas em
nome de "laranjas", omitindo nomes na razão social de algumas firmas
com a fim de fraudar licitações em prefeituras cearenses. Algumas empresas não
têm patrimônio nem funcionários; eles só eram contratados após a vitória da
licitação pública. A primeira fase da Cascalho do Mar foi deflagrada em
dezembro de 2017 e a segunda já em março deste ano. Já foram presos empresários
e procuradores de firmas investigadas.
Fonte: Andarilho / Luiz Carlos
Silva