Cemitério da educação é colocado
em frente à Câmara dos vereadores de Fortaleza (Foto: Ana Rute Ramires/ OPOVO)
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Cemitério da educação é
colocado em frente a Câmara Municipal de Fortaleza. Em greve, Professores da
rede municipal de ensino estão na sede do Poder Legislativo da Capital em
protesto contra reajuste salarial e condições das escolas públicas, na manhã
desta terça-feira, 24. As atividades da paralisação se iniciaram na última
quarta-feira, 18, quando uma via da avenida Pontes Vieira foi interditada pelos
docentes.
Parte dos professores está fora
da Câmara Municipal, e a outra parte está dentro, para ouvir os pronunciamentos
dos políticos. No lado externo, há um cemitério da educação, que foi colocado
pelos docentes, com críticas ao prefeito de Fortaleza, a atual secretária
Municipal de Educação e à reforma trabalhista. Comissão de professores foi
recebida por outra de vereadores para a discussão da pauta.
"Estamos recorrendo a
Câmara Municipal, como fiscalizadora do Executivo, para que as negociações
sejam retomadas", afirma Gardênia Baima, diretora do Sindicato Único dos
Trabalhadores em Educação(Sindiute) no Estado do Ceará, sobre o objetivo da manifestação.
Gardênia destaca que o Legislativo tem papel fundamental na mediação das
negociações com o Poder Executivo da Capital.
"Não interessa para a
cidade de Fortaleza. Não interessa para professores,que se constitua um
impasse. Que ao invés de resolver, sentar à mesa, apresentar uma
contraproposta, a Prefeitura esteja buscando um recurso antidemocrático e
antirrepublicano, que é pedir a ilegalidade da greve. Quando, na verdade,
ilegal, achamos nós, é quem não cumpre a constituição", afirma Gardênia
criticando o decreto de ilegalidade da greve feito pela Justiça.
A greve tem adesão de três mil
professores, segundo os líderes do movimento, deve continuar, pelo menos, até
sexta-feira, 24, quando uma nova assembleia deve ser feita. "Nós vamos
continuar a greve com atividades de ruas e visitas às escolas", elenca
Gardênia sobre o calendário grevista dos próximos dias.
*Redação OPOVO Online - com
informações da repórter Ana Rute Ramires