sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

VEREADOR DE MARTINÓPOLE ANÍBAL FILHO É ACUSADO DE ABUSO DE PODER E CAPTAÇÃO ILÍCITA, MPE VER FORTES INDÍCIOS

Vereador Aníbal Filho - PDT (Foto: reprodução Impacto Granja)

A partir da próxima quinta-feira (22), a Justiça Eleitoral da 25ªZ (CE), define se o vereador Francisco Aníbal de Oliveira Arruda Coelho Filho, (PDT), cometeu ou não crime de compra de votos nas últimas eleições.

Tramita no Fórum Eleitoral de Granja, uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), ajuizada pela Coligação “Juntos Queremos Mais” em face da Coligação “Martinópole pra todos”, Francisco Fontenele Júnior e Francisco Aníbal de Oliveira Arruda Coelho Filho.

Conforme consta nos autos nº 243-33.2016.6.06.0025 (ação cautelar), em trâmite na 25ª zona eleitoral, na data de 01/10/2016, o Promotor de Justiça, Dr. Antonio Edvando Elias de França, designado para atuar no município de Martinópole, como representante do Ministério Público Eleitoral, tomou conhecimento de que estava ocorrendo crime eleitoral (compra de votos) na localidade de Jaguarapi, zona rural do município de Martinópole, conduta praticada por Francisco Aníbal de Oliveira Arruda Coelho Filho, candidato a vereador, com apoio direto de seu irmão Romeu Aldiguery, Prefeito de Granja-Ce.

Pela dinâmica dos fatos, tal como narra o Ministério Público Eleitoral, Francisco Aníbal de Oliveira Arruda Coelho Filho, candidato a vereador teria prometido em troca de votos a perfuração de poços profundos na comunidade de Jaguarapi, zona rural de Martinópole, promessa concretizada no dia 01/10/2016, véspera do dia da eleição, quando chegou à obra eleitoreira (perfuração de poços profundos).

O Ministério Público Eleitoral requisitou a instauração de inquérito policial junto a Polícia Federal, para a apuração do aspecto criminal.

E como bem destaca o Ilustre Representante do Ministério Público Eleitoral, Dr. Victor Borges Pinho, em sua manifestação:

“Pois bem. No entender do Ministério Público Eleitoral há fortíssimos indícios de que a obra de perfuração do poço efetivamente foi executada com finalidade eleitoral. Com efeito, pelo que se apurou até o momento, a obra foi iniciada na véspera das eleições; a empresa executora do serviço (BTR) mantinha vultosos contratos com o município de Granja; um dos candidatos representados é irmão do então prefeito de Granja e ex-secretário de administração de tal edilidade; o responsável pela empresa estava no canteiro de obra com o carro e a blusa com adesivos da candidata à Prefeitura de Granja e sobrinha do referido representado.” Veja abaixo.
Manifestação do Promotor de Justiça Dr. Victor Borges
A advogada da Coligação “Juntos Queremos Mais”, Dra. Larissa Linhares, afirma “que acredita veementemente na Justiça e que determinado crime eleitoral, se devidamente constatado, deverá ser punido, levando à cassação dos representados.”

Importante destacar que há uma semana, o prefeito do município de Uruoca, Francisco Kilsem Pessoa de Aquino (PDT), a vice-prefeita Maria das Graças Fernandes Moreira (PMB), tiveram o mandato cassado. Sentença foi dada pela juíza da 25ª Zona Eleitoral, Cláudia Waleska Mattos Mascarenhas, na última quinta-feira, 8.

Segundo investigação do MPE, os políticos usavam um carro para transportar pessoas que eram abordados para participar da inauguração do Comitê da Coligação Representada no distrito de Campanário, em Uruoca.  O veículo não era declarado em prestação de contas durante o ano eleitoral de 2016.
 Informações: Blog Acontece de Martinópole



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