Em ato com a participação de artistas
e intelectuais em São Paulo, Lula defendeu seu direito de ser candidato à
Presidência da República. Julgamento do ex-presidente está marcado para o
próximo dia 14
O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) recebeu artistas e intelectuais em São Paulo, na noite de
ontem, durante ato em defesa de sua candidatura à Presidência da República. Ao
discursar, Lula falou sobre a tranquilidade diante do julgamento, marcado para
o próximo dia 24. “ Duvido que os juízes que me julgaram e os que vão me julgar
estejam com a tranquilidade que eu estou”, disse o ex-presidente.
O petista afirmou que os
delegados da Polícia Federal que trabalham na operação Lava Jato mentiram. Ele
contou que quando foi prestar depoimento teve a sensação “de estar diante de um
bando de jovens que não sabiam um palmo acima do nariz”, relatou.
Duvido que os juízes que me
julgaram e os que vão me julgar estejam com a tranquilidade que eu estou"
LULA, em ato em São Paulo
“Eu tô aqui principalmente porque ajudei com
alguns companheiros a criar esse manifesto: ‘Eleição sem Lula é fraude’. E não
é só fraude no direito dele, é fraude contra a soberania popular, que é a base
da democracia. É fraude contra a inserção a oitiva no Brasil e no mundo que
estão sendo submissos aos interesses do capital financeiro e aos interesses da
grande mídia. É fraude contra o combate à desigualdade e ao combate ao racismo,
que é um dos maiores males da sociedade brasileira”, disse Celso Amorim,
ex-ministro das Relações Exteriores.
A presidente nacional do
Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, também deu declarações sobre o
julgamento. “O que nós estamos vivendo hoje é surreal. Esse processo que
pretende a condenação do Lula é surreal. Estão condenando o Lula em um processo
que não tem crime”, disse. Chico César, Odair José, Guilherme Boulos, o
ex-ministro Alexandre Padilha, entre outras personalidades e políticos também
estiveram no ato. (Isabel Filgueiras, correspondente em São Paulo)
Fonte: O POVO