O deputado Genecias Noronha passou toda a manhã de ontem no plenário da Assembleia conversando com oposicionistas ( FOTO: JOSÉ LEOMAR ) |
Mesmo com uma série de
pendências para que o quadro de 2018 comece a se desenhar, a sucessão ao
Governo do Ceará está na agenda dos principais partidos cearenses, sobretudo,
os de oposição.
O principal entrave, hoje, para
as legendas é saber se o senador Eunício Oliveira (PMDB), também presidente do
Senado Federal, permanecerá ou não no bloco.
Na terça-feira (10), o deputado
Capitão Wagner (PR) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa para garantir que
a oposição apresentará uma “chapa completa” para concorrer ao pleito do ano que
vem.
O parlamentar explicou que a
construção da oposição para a disputa de eleições é “diferente” da construção
do grupo governista. “Diferentemente da situação, nós conversamos, de forma
democrática, com todos os parlamentares que compõem o bloco de oposição a fim
de formar uma chapa competitiva e vitoriosa que atenda os anseios da
população”, salientou ele.
Plano
O deputado disse, ainda, que em
“um Estado tomado pelo crime organizado a oposição precisa oferecer um novo
plano” de gestão para a população. “Reafirmo a oposição do Estado do Ceará não
irá se aliar a um grupo político que possui uma família ditando os rumos que
devem ser tomados, sem consultar a população,” ressaltou ele numa crítica ao
grupo liderados pelos ex-ministros Ciro e Cid Gomes.
“Acordão”
Ao jornal O Estado, Wagner
salientou que os grupos opositores não vão aceitar um “acordão” e quem se unir
a situação fará uma decisão “unilateral e não será seguida pelos demais
partidos”.
Tasso
Sobre a possibilidade de Tasso
Jereissati aceitar a candidatura ao governo do Estado, Capitão Wagner minimizou
afirmando apenas que “existe sim a possibilidade” do tucano disputar as
eleições do ano que vem, mas caso isso não venha a acontecer, a oposição
apresentará uma “chapa completa” para concorrer ao pleito de 2018. “Não
apresentaremos candidaturas apenas para demarcar espaço, mas sim com condições
de disputar e vencer para apresentar soluções para os diversos problemas
enfrentados pela população do Estado do Ceará”, finalizou.
Pedido
Wagner disse também que, na
última sexta-feira (06), lideranças de oposição estiveram reunidas com Tasso
Jereissati e, na ocasião, pediram para que ele refletisse sobre a possibilidade
de disputar as eleições do próximo ano. Entretanto, segundo Wagner deixou
claro, não houve manifestação do tucano sobre o pedido dos aliados. “Na ocasião
tivemos a oportunidade de discutir e fazer um pedido ao senador Tasso para que
pudesse, mais uma vez, sacrificar o seu convívio familiar e o dia a dia para
que venha disputar as eleições do próximo ano”, frisou o parlamentar.
“Ícone político”
Para o deputado Odilon Aguiar
(PMB), a atual gestão estadual não conseguiu resolver diversos problemas
críticos em áreas como segurança pública e hídrica, além da saúde. Disse,
ainda, que a população cearense “clama” por um projeto alternativo de Governo.
“É responsabilidade da oposição apresentar um novo projeto ao Ceará, criando
novas esperanças para a sociedade”, salientou.
Já o deputado Roberto Mesquita
(PSD) considerou que nomes da oposição devem ser estimulados a disputar o
Governo e defendeu que o senador Tasso pode ser um “grande candidato”. “Ninguém
melhor do que a figura do Tasso, que é um ícone político, para capitanear este
novo projeto à sociedade cearense”, analisou Mesquita.
“Chapa perfeita”
O deputado Genecias Noronha
(SD) diz ver com “naturalidade” a movimentação dos partidos de oposição, que,
segundo ele, saíram fortalecidos da última disputa eleitoral ao Palácio da
Abolição. O parlamentar, por sua vez, defendeu o nome do senador Tasso para
sucessão estadual, assegurando que “antes Tasso era resistente a possibilidade
de disputar o Governo, hoje não mais”. E arriscou ainda a dizer que a “chapa
perfeita” da oposição seria: “Tasso ao Governo e Eunício e Capitão Wagner ao
Senado”.
Com informações do OE