Dep. Telma Rufino (Pros) / Imagem via WhatsApp |
Procuradoria-Geral de Justiça
acusa a deputada distrital Telma Rufino (Pros) de falsificar documento público.
De acordo com a denúncia, foram forjados históricos escolares, além de
certificados de graduação e pós-graduação.
Alguns documentos teriam sido
emitidos pela Faculdade de Tecnologia Equipe Darwin, na região do Areal, no
Distrito Federal, entre 2013 e 2015. A reportagem tenta contato com a
instituição.
Em nota enviada ao G1, a
distrital disse estar “tomando as devidas providências” junto à defesa para que
o caso seja esclarecido.
A denúncia do Ministério
Público é com base nas investigações da Polícia Civil no âmbito da operação
Trick, deflagrada em abril de 2015, que investiga crimes de falsificação de
documentos e fraudes envolvendo instituições bancárias.
Em uma das ligações
interceptadas pela polícia, com autorização da justiça, surgiram indícios de
outros suspeitos que teriam intermediado a compra e venda dos diplomas de nível
superior da deputada Telma Rufino.
Segundo a denúncia do
Ministério Público, a “negociação” teve como contrapartida a indicação de um
dos integrantes do esquema de falsificação para um cargo no GDF, na época do
então governador Agnello Queiroz.
Operação Trick
Em abril de 2015, a Polícia
Civil cumpriu 32 mandados de busca e apreensão no DF, para investigar um
possível esquema de empréstimos bancários fraudulentos. As investigações
estavam a cargo da Coordenação de Repressão a Crimes contra o Consumidor, a
Ordem Tributária e Fraudes (Corf), mas segundo os agentes, Telma Rufino não
tinha envolvimento direto com as fraudes praticadas pela quadrilha.
Na época, a operação
Trick, foi realizada por 220 policiais civis em oito regiões
administrativas (Águas Claras, Vicente Pires, Samambaia, Gama, Sobradinho,
Taguatinga, Riacho Fundo, Ceilândia), na Asa Norte e em três cidades do Entorno
(Novo Gama, Valparaíso e Santo Antônio do Descoberto). Entre os investigados
esteve a deputada distrital Telma Rufino.
As investigações levaram 19
meses até chegar a 55 empresas fantasmas que pegavam empréstimos com o Banco do
Brasil que variavam de R$ 800 mil a até R$ 1,4 milhão. Depois que o dinheiro
entrava na conta, os suspeitos simulavam compras e usavam notas fiscais frias
para comprovar os gastos. Outras 19 empresas regulares são suspeitas de emitir
as notas fiscais para o grupo criminoso.