terça-feira, 24 de outubro de 2017

CID: LULA FOI COMPLACENTE COM A CORRUPÇÃO E SE TASSO FOR CANDIDATO “VAMOS ENFRENTÁ-LO”

O ex-governador Cid Gomes (PDT) reagiu à possibilidade de disputa entre Camilo Santana (PT) e Tasso Jereissati (PSDB) ao Governo do Estado, sugerindo possibilidade de embate. “Se (Tasso) for (o candidato), muito bem, vamos enfrentá-lo”, disse o ex-governador, na tarde de ontem, após solenidade na Assembleia Legislativa.

 A oposição se movimenta em torno da candidatura do senador tucano, depois de Eunício Oliveira (PMDB) mostrar aproximação com o atual governador. Os partidos oposicionistas, guiados pelo PSDB, defendem Tasso Jereissati como um nome forte para enfrentar Camilo Santana nas urnas.
No início do mês, o tucano chegou a admitir a candidatura ao Palácio da Abolição em reunião reservada com as principais lideranças da oposição, entre eles representantes do Solidariedade, PSD, PR e PSDB.

O encaminhamento da candidatura se fortalece após clima de tensão entre os partidos da oposição, depois de Eunício se dizer “eleitor de Lula”, caso não haja direcionamentos nacionais ou locais. Os aliados de Eunício alimentam dúvidas sobre o posicionamento do senador peemedebista em 2018.
O presidente do PSDB, Luiz Pontes, disse ao O POVO que Eunício precisa tomar “um rumo na vida”.
  
Aproximação

Cid reiterou, ontem, que os encontros de Camilo e Eunício são fundamentados na necessidade de agilizar liberações de financiamentos para o Governo do Estado no Congresso Nacional.


“Quem está na responsabilidade de governar tem que superar divergências políticas pra ir atrás do que é necessário para a administração”, defendeu o ex-governador, que rompeu com o senador peemedebista em 2014, às vias da eleições estaduais que seriam vencidas por Camilo.

“O senador Eunício cumpre o seu dever institucional que é apoiar o Estado”, contemporiza Gomes.

A tese de que o contato entre Camilo e Eunício são no “âmbito institucional” é endossada pela vice-governadora, Izolda Cela. No entanto, ela sugere que a disputa eleitoral influencia outros comportamentos dos parlamentares. “A proximidade das eleições, às vezes, amolece corações. As pessoas são movidas a não querer fazer feio na fotografia”, diz.



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