sábado, 10 de junho de 2017

POLÍTICOS, JURISTAS E FORÇA-TAREFA DA LAVA JATO REAGEM À DECISÃO DO TSE

As reações à decisão dos quatro ministros do TSE foram imediatas e vieram principalmente pelas redes sociais (foto reprodução).
O procurador Carlos Fernando, que integra a força-tarefa da Lava Jato, disse que "há vitórias que exaltam, outras que corrompem; derrotas que matam, outras que despertam". Já o coordenador das investigações da Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, afirmou que a "maioria do TSE preferiu ignorar as provas de ilegalidades da chapa Dilma-Temer".

O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça e do TSE, Gilson Dipp, lamentou a decisão de não punir as ilegalidades da campanha que levou Dilma Rousseff e Michel Teme à presidência. Assista e saiba mais:

“O que surpreendeu foi a fragilidade dos argumentos que conduziram à absolvição da chapa. Eu nunca vi tanta prova concreta sendo apresentada do que nesse julgamento. Foi um julgamento não-jurídico, foi um julgamento estritamente político. Claro que no eleitoral sempre tem a conjugação do jurídico com o político, mas desta vez, um tribunal de juízes deixou absolutamente de lado tudo que dizia respeito à legislação, às provas, o aspecto jurídico, para julgar somente pelo aspecto político. Isso não é bom para a democracia”.

A decisão de livrar a chapa Dilma-Temer de punições também provocou grandes reações no mundo político. Parlamentares de oposição criticaram o TSE. O resultado do julgamento dividiu até o Democratas, partido da base do governo.

O líder do DEM na Câmara, Efraim Filho, disse que o resultado é bom para o país. O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, disse, em nota, que esse resultado, na linguagem popular, o TSE liberou geral, criou uma jurisprudência onde se pode tudo e não se pune nada na disputa pela presidência da República. “Vale tudo?", pergunta.


Brasil passa 4 dias ligado no julgamento mais importante da história da Justiça Eleitoral:

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