Pedro Parente, presidente da
Petrobras, diz que nova política dará mais clareza
para investidores e
parceiros DIVULGAÇÃO/PETROBRAS
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A Petrobras comunicou reajuste
médio de 6,7% no botijão de gás de até 13kg. O novo preço começa a vigorar hoje
nas refinarias e, se for integralmente repassado ao consumidor, o produto
ficará em média 2,2% ou R$ 1,25/botijão. A empresa também anunciou nova
política de preços para o produto.
Segundo a estatal, o preço
final às distribuidoras será formado pela média mensal das cotações do butano e
do propano no mercado europeu (“Butane NWE CIF ARA”e “Propane NWE CIF ARA”)
convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, conforme
divulgada pelo Banco Central, acrescida de uma margem de 5%. Destaca ainda que
as correções de preços terão vigência a partir do dia 5 de cada mês, exceto
neste mês.
Segundo Pedro Parente,
presidente da Petrobras, o principal motivador para o novo cálculo é o fato de
que o GLP era o único derivado que não tinha política de reajuste. “A partir do
momento que você tem agora uma previsibilidade completa de formação de preços
para todos os combustíveis, sem dúvida nenhuma contribui para uma clareza maior
para os possíveis investidores e parceiros na área de refino”, afirmou.
O presidente do Sindicato
Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás),
Sérgio Bandeira de Melo, diz que o reajuste ao consumidor deve chegar em curto
prazo porque os estoques são baixos. “Algumas revendas terão preço novo a
partir de hoje”, comenta, ressaltando que os preços são livres com as empresas
podendo repassar ou não o percentual que entenderem mais adequado. Bandeira de
Mello não quis estimar nenhum valor, mas destacou que haverá impacto.
Ele diz considerar temerária a
estimativa de impacto ao consumidor feito pela Petrobras. “É um produto de
preço livre que pode subir, baixar com grande variação”, avalia, aconselhando o
consumidor a pesquisar pela prestação de serviço, qualidade do produto e marca.
Variação
Em nota, o Sindigás diz que “o
impacto da nova política de preços pode variar bastante entre os polos de
abastecimento, dado que as componentes de custo que formam o preço final ao
consumidor são muitas, além do valor de compra do produto nas refinarias. Em
geral, observamos uma variação de 5% a 9% no preço em diferentes polos de
suprimento”. Até ontem, os preços do botijão de 13kg variavam entre R$ 65 e R$
60 (preço à vista).
A Petrobras informa que na
composição de preços ao consumidor, responde por cerca de 25% do valor final,
outros 20% são tributos e o restante do preço é composto por distribuição e
revenda (55%)”. Adianta que a política anunciada ontem não se aplica ao GLP
destinado a uso industrial/comercial.
O Gás LP em residências atinge
80% do consumo total do produto no Brasil. Isso pode ser explicado pelo intenso
uso do gás no preparo e cozimento de alimentos (cocção), onde o recipiente de
13 kg, mais conhecido como “botijão de gás” ou “P13”, responde por 95% desse
consumo. São mais de 42 milhões de residências – ou 95% do total de domicílios
do Brasil – e mais de 150 mil empresas regularmente atendidas por uma ampla e
eficiente rede de distribuição do Gás LP, que está presente em 100% dos
municípios brasileiros. O Brasil é o quinto maior mercado mundial deste
energético.