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O número de mortes nas rodovias federais caiu 16% entre as festas de fim de ano, férias escolares e o Carnaval, em comparação com o mesmo período de 2015/2016. |
O balanço da Operação Rodovida,
divulgado nesta terça-feira (28), mostra que 973 pessoas morreram nas rodovias
federais do País entre o fim do ano passado e o fim de fevereiro. Na operação
do ano anterior, 1.259 pessoas morreram. Assim, os acidentes graves causaram um
média de 16 mortes por dia, ante uma média de 19 por dia no período anterior.
Apesar da redução, o
superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Ceará e coordenador
nacional da Operação Rodovida, Stênio Pires, disse que ainda é registrado alto
índice de acidente graves e mortes nas estradas federais. A principal causa,
segundo ele, é a colisão frontal. “Isso em consequência das ultrapassagens
malsucedidas, por serem realizadas em local proibido ou por má avaliação do
condutor”, afirmou.
Soma-se a esses fatores,
segundo Pires, o excesso de velocidade. “Registramos o absurdo de um cidadão
transitando a mais de 200 quilômetros por hora. Um cidadão desse, ao encontrar
qualquer situação atípica, não vai conseguir parar o veículo e, muito provavelmente,
vai se envolver em um acidente com morte. Ele está transformando o veículo em
uma verdadeira arma e as nossas rodovias, em verdadeiros autódromos”, disse.
O objetivo da Operação Rodovida
é diminuir a violência, o número de acidentes e mortes no trânsito durante o
período de movimento intenso nas estradas. A ação é coordenada pela PRF,
integrada com órgão federais e ministérios, em articulação com estados e
municípios.
Números
Como a cada ano as operações
ocorrem em períodos diferentes, em razão do feriado flutuante do Carnaval, os
dados de acidentes e vítimas são calculados pela média diária.
De 16 de dezembro de 2016 a 5
de março de 2017, a PRF registrou 2.663 acidentes graves, aqueles que resultam
em feridos graves ou mortos, contra 3.946 contabilizados em 2015/2016. Houve
uma redução de 29% na média diária, de 61 acidentes por dia em 2015/2016, para
43 acidentes por dia em 2016/2017.
Entre as vítimas feridas, estão
15.702 pessoas, média de 253 por dia. Houve redução de 9% em relação a 2015/2016,
quando foram registrados 17.997 feridos, média de 277 por dia.
Segundo Pires, as motos já
respondem por mais de 22% da frota nacional de veículos e, quando envolvidas em
acidentes, na maioria dos casos, deixam mortos.
Durante o período, são intensificadas
as campanhas educativas e a fiscalização de embriaguez ao volante, excesso de
velocidade, ultrapassagens irregulares, motocicletas e transporte de crianças.
Mais de 1,5 milhão de pessoas
foram fiscalizadas durante os três meses da operação. As fiscalizações
resultaram em mais de 588 mil autuações – 8.551 por alcoolemia, 4.783 por falta
do uso da cadeirinha e 66.774 por ultrapassagens irregulares. O excesso de
velocidade foi o campeão de autuações no período, com 521.887 flagrantes.
Além do patrulhamento ostensivo
durante a Operação Rodovida, a PRF promoveu mais de 390 mil ações educativas,
buscando conscientizar motoristas e passageiros para um trânsito mais seguro.
Segundo o órgão, durante as fiscalizações, foi desenvolvido o projeto Cinema
Rodoviário que, em alguns postos, convidou os condutores a assistir a um vídeo
sobre comportamentos inadequados e as consequências dessas condutas.
Balanço
Iniciada em 2011, a Operação
Rodovida já contribuiu para a redução de acidentes graves e mortos no trânsito.
Pires explicou que, de 2008 a 2010, o Brasil registrava crescimento dos
acidentes graves, entre dezembro e janeiro, com um índice de 59,4 acidentes
para cada 1 milhão de veículos registrados em 2008/2009, e 62,9 acidentes para
cada 1 milhão de veículos em 2010/2011.
A partir de 2011, esses índices
começaram a cair, até chegar em 28,4 acidentes graves por cada milhão de
veículos em 2016/2017. Consequentemente, o número de mortos e feridos caiu.
O objetivo da PRF é alcançar a
meta da Organização das Nações Unidas, que proclamou o período de 2011 a 2020
como a Década Mundial de Ação pela Segurança no Trânsito, para a redução de 50%
do número de mortes.
Fonte: Portal Brasil, com
informações da Agência Brasil