O empresário Eike Batista,
preso em Bango 9, será levado para depor na Polícia Federal nesta terça-feira
(31). O depoimento está marcado para as 15h. Ele disse que pretende colaborar
com a justiça. O empresário está há quase 24 horas na penitenciária destinada a
detentos que não têm nível superior.
Lá estão outros presos da Lava
Jato no Rio de Janeiro, contraventores, presos do chamado seguro, que são
ameaçados dentro da cadeia, e os que não pertencem a facções criminosas, além
de grupos de milicianos. O presídio tem 541 vagas e não está lotado. Abriga 422
detentos em oito galerias.
Eike foi levado para a galeria
A, onde estão os presos que trabalham na faxina e no chamado seguro. A cela tem
15 m², beliches de concreto, uma latrina no chão que serve de banheiro e o
chuveiro – um cano com água fria. O empresário divide o espaço com outras seis
pessoas presas em fases anteriores da operação Lava Jato. É permitido usar uma
televisão de 14 polegadas, um ventilador e um rádio de pilha.
Todos os presos têm direito a
quatro refeições diárias. O café da manhã é servido às 8h (café com leite e pão
com manteiga). O almoço, às 11h (arroz ou macarrão, feijão, carne, frango ou
peixe, salada, refresco e sobremesa – que pode ser fruta ou doce). No lanche da
tarde, às 15h, suco e bolo. O jantar é às 17h (o mesmo cardápio do almoço, com
o tipo de carne diferente da servida pela manhã).
Os parentes do empresário podem
fazer visitas assim que retirarem a carteirinha de visitante, o que demora
cerca de 15 dias. Eles têm o direito de requisitar uma visita antes do
documento ficar pronto. Em Bangu 9 são cinco dias de visita por semana.
Eike Batista e Sergio Cabral |
A prisão do empresário é
preventiva. Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. O Ministério
Público Federal afirma que Eike pagou propina de US$ 16,5 milhões – o
equivalente a R$ 52 milhões – ao então governador do Rio Sérgio Cabral.
Com JH-G1