O ex-governador do Ceará Cid
Gomes virou réu por improbidade administrativa. Isso porque a Justiça Federal
aceitou ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o político.
Além dele, outras sete pessoas
e a empresa Corte Oito Gestão e Empreendimento Ltda foram acusados de
envolvimento em irregularidade na concessão de empréstimo pelo Banco do
Nordeste à Corte Oito, no ano de 2014.
A empresa tem Cid Gomes e
Ricardo Sérgio Farias Nogueira como sócios e recebeu um empréstimo de R$ 1,3
milhão para a construção de galpões em Sobral. O empréstimo foi realizado
quando Cid ainda era governador do estado.
Entre os réus, além dos sócios
da Corte Oito, aparecem também cinco funcionários do banco – Acy Milhomem de
Vasconcelos, Micael Gomes Rodrigues, José Welington Tomas, André Bernard Pontes
Lima e Richardson Nunes de Meneses – e o então superintendente João Robério
Pereira de Messias.
Na concessão do empréstimo não
foram respeitadas as regras para operações financeiras com recursos do Fundo
Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), além de haver falhas no
controle interno do banco e superdimensionamento do faturamento da empresa na
avaliação de crédito, de acordo com o inquérito instaurado pelo MPF e com
relatório da Controladoria Geral da União (CGU).
A ação tem autoria do
procurador da República Oscar Costa Filho, e o processo contra os réus vai
tramitar na 10ª Vara da Justiça Federal no Ceará. O juiz federal Alcides
Saldanha Lima decidiu que os acusados responderiam por atos tipificados na Lei
de Improbidade Administrativa como lesão ao erário e violação dos princípios da
administração pública.
De acordo com a assessoria de
imprensa do ex-governador Cid Gomes, “o recebimento da denúncia garante a Cid e
aos demais representados a chance de provarem na justiça que não existe nenhuma
irregularidade”.
Com Tribuna do Ceará