A maioria dos candidatos,
equivocadamente, acredita que trabalha o tempo todo para conseguir votos. Na
verdade não é isto o que acontece. Ninguém é candidato sem ser conhecido e sem
se considerar reconhecido pelo povo como merecedor do voto. O candidato a
vereador que necessitará de um mil e quinhentos votos para ser eleito, deverá
conhecer e ser conhecido por, no mínimo, cinco mil pessoas. É claro que o
reconhecimento só poderá ser dimensionado com o resultado das urnas. Mas o voto
deve ser estagnado diuturnamente em sua perda. Voto não se ganha. Voto se
mantém. Entretanto, o candidato que conhece cinco mil pessoas, acredita que
todos sejam, potencialmente, seus eleitores. Na subjetividade dessa quimera, a
verdade é que todos os dias ele perde votos. Alguns eleitores que eram seus,
acabam descobrindo que há entre outros candidatos, alguns que são seus
parentes, aderentes e ente que o equivalham. Outros acabaram encontrando
propostas e concorrentes melhores. Existem aqueles que encontrarão
contra-senso, incoerência e se decepcionarão a ponto de não mais votar. Alguns
outros venderão seus votos. Outros morrerão, viajarão, serão presos,
hospitalizados, dormirão, esquecerão e nem votarão. E assim o candidato que
tinha cinco mil amigos entre aqueles que poderiam ser transformados em seus
eleitores, acaba obtendo menos de cem votos. O OUTRO LADO DA MOEDA – Porém,
também existe aquele candidato, que conhece mais de cinco mil pessoas e é
conhecido por elas, mas é tão antipático, egocêntrico, prepotente, arrogante e
inconveniente, que menos de cem pessoas deste grupo, se disporiam a lhe confiar
o voto. Mas é o tipo de candidato que não mede esforços para ganhar a eleição e
escancaradamente compra votos. E acaba fazendo aparecer nas urnas eleitorais os
votos que o elegem. E não compra apenas um mil e quinhentos votos; compra cinco
mil eleitores. Perde muitos votos, mas acaba conseguindo os mil e quinhentos
votos necessários para se eleger. Infelizmente.
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