A Justiça negou, na última
terça-feira, 23, pedido de habeas corpus para Francisco Pereira da Silva,
acusado de financiar a morte do radialista Gleydson Carvalho. A vítima foi
morta a tiros, no dia 7 de agosto de 2015, quando apresentava o programa ''Liberdade
em Revista'', em Camocim.
O desembargador Mário Parente
Teófilo Neto, relator do processo, considerou que a prisão está
"devidamente fundamentada", e a liberdade colocaria as testemunhas em
risco. "As circunstâncias do fato comprovam a especial gravidade do delito
atribuído ao paciente [acusado] e seus comparsas, revelando sua periculosidade
ao meio social”, disse.
Francisco foi denunciado por
homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e mediante a
recurso que dificulte a defesa da vítima) e organização criminosa armada.
A defesa havia alegado que
Francisco está com a saúde debilitada por ser portador de diabetes e
hipertensão arterial. Mesmo assim, o relator decidiu que não ficou demonstrada
a extrema debilidade do paciente.
Mário também recomendou que a
Secretaria da Justiça e Cidadania do Ceará transfira o réu para uma unidade
prisional em que ele possa receber cuidados médicos adequados.
Motivação
Segundo informações de
ouvintes, a vítima quando estava atrás do microfone, não só fazia as denuncias,
também usava o microfone para desafiar, instigar a desordem, durante seu
programa de rádio Gleydson batia na mesa de som, esbravejava, xingava e dizia
não ter medo. Ainda segundo informações de ouvintes, o radialista ouvia apenas
um lado da história e através do rádio abusava nos insultos.
Crime
Gleydson foi surpreendido por
dois homens, que chegaram no estúdio em uma motocicleta branca. A dupla teria
fingido querer anunciar algo e, em seguida, um dos homens efetuou dois disparos
contra o radialista, conforme informações do Comando de Policiamento da
Capital.