Mais de 100 secretários
municipais de Educação estão em Brasília para discutir a construção da Base
Nacional Comum Curricular para as escolas brasileiras. Eles participam do
seminário “Base Comum Curricular em Debate: Desafios, Perspectivas e
Expectativas”, promovido pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de
Educação (Undime).
A base está prevista em lei, no
Plano Nacional de Educação (PNE), e vai fixar conteúdos mínimos de cada etapa
da educação básica, que vai da educação infantil ao ensino médio. A expectativa
é que o documento fique pronto este ano. Qualquer pessoa pode contribuir com
sugestões e críticas por meio do site do Ministério da
Educação, até o dia 15 de março. Segundo o MEC, já foram
apresentadas mais de 9 milhões de propostas.
Ontem (20), na abertura do
seminário, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu a construção
conjunta e colaborativa da Base Nacional Comum Curricular, pelos diversos
setores da sociedade, para que o referencial contemple conteúdos essenciais
para as crianças e jovens.
O presidente da Undime, Alessio
Costa Lima, disse que a instituição pretende consolidar até amanhã (21) um
documento com contribuições para a base.
Para a presidente da União
Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Camila Lanes, a reformulação do
currículo básico é extremamente necessária. “A dinâmica existente hoje não
atrai o estudante para a sala de aula, pelo contrário, afasta. A evasão
infelizmente cresce no Brasil a cada ano. Pautamos que ela [a reformulação da
base curricular] transforme a educação. É preciso ser mais humana, ter formação
crítica dos estudantes. Não apenas uma formação para o mercado de trabalho ou
para o vestibular.”
No seminário, os conselheiros
nacionais da Undime trabalharam em 11 grupos: nove são dedicados aos
componentes curriculares do ensino fundamental, um à educação infantil e o
outro trata da educação especial.
A Base Nacional Comum
Curricular será debatida em seminários nos 26 estados e no Distrito Federal,
antes de ser finalizada. Em seguida, o documento terá que ser aprovado pelo
Conselho Nacional de Educação (CNE) e, por fim, homologado pelo MEC.
A intenção é que os conteúdos
definidos na base ocupem 60% da carga horária dos estudantes. No restante do
tempo, as redes de ensino poderão definir o que oferecer – desde conteúdos
regionais e atividades extras à formação técnica, por exemplo.
(Agencia Brasil)