terça-feira, 23 de junho de 2015

DEPUTADO DENUNCIA QUE 5 VEREADORES RECEBERAM R$ 750 MIL PARA AFASTAR PREFEITO DE CANINDÉ



O deputado Elmano Freitas (PT) afirmou ter provas do envolvimento de cinco vereadores do município de Canindé numa manobra para afastar o prefeito Celso Crisóstomo (PT) do Executivo Municipal, em pronunciamento na Assembleia Legislativa. 

Em sessão realizada na última sexta-feira (05/06), a Câmara de Vereadores decidiu, por 11 votos a quatro, afastar o prefeito por 90 dias. A acusação é de improbidade administrativa, por suposto desvio de receitas da Contribuição de Iluminação Pública. A Justiça já havia decretado, em 27 de maio, a perda da função pública e a indisponibilidade dos bens. 
“Nós iremos provar que cinco vereadores receberam R$ 150 mil, cada um, para votar a favor do afastamento do prefeito. E o que mais me impressionou é que o Poder Judiciário colaborou para isso, aliás, o juiz”, informou. 

Elmano Freitas explicou que a Prefeitura de Canindé sempre realizou o pagamento da energia pública da cidade e dos prédios públicos na mesma conta. 
O parlamentar ressaltou que o juiz da Comarca, quando recebeu a ação civil pública, orientou o prefeito a separar as contas, mas não o afastou do cargo. O Executivo Municipal acatou a sugestão. Porém, quando o magistrado tirou férias, o juiz substituto decidiu julgar esse processo, apesar de o erro já ter sido corrigido. 

“Quero deixar claro que o prefeito não foi afastado pela Justiça, e sim por uma manobra. Sabemos que estamos tratando com gente do crime organizado, gente envolvida com roubo de cargas, que está inserida na política. Aviso aqui que não iremos recuar. Pediremos ao Ministério Público para afastar vereador corrupto, pois não podemos admitir esse tipo de chantagem”, defendeu Elmano. 

Em aparte, o deputado Moisés Braz (PT) apresentou solidariedade ao prefeito de Canindé, Celso Crisóstomo, e disse que a inocência dele seria provada. “Nossa luta é pela seriedade e ética da política”, destacou. 

Para a deputada Rachel Marques (PT), ainda cabe recurso da decisão judicial para que o prefeito prove inocência. Na avaliação dela, o fato mais grave está nos fortes indícios de que houve influência econômica nos votos do Legislativo municipal. 

Já o deputado Carlos Felipe (PCdoB) disse que “imaginar vereadores recebendo R$ 150 mil para afastar um prefeito é lamentável”. Na avaliação dele, não haveria indícios de desvio de recursos.

Confira o áudio que sustenta a denuncia (aqui)
 


(Revista central)

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